Frigoríficos resistem a protocolos de saúde, adverte CNTA

Os 500 mil trabalhadores em frigoríficos estão entre os mais expostos à Covid-19. O serviço os obriga a ficar em ambiente muito frio e com pouco distanciamento. As empresas resistem a assinar acordos coletivos com os Sindicatos. A JBS, uma gigante do setor, sequer assina TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público do Trabalho.

Uma indústria à deriva

A situação dos trabalhadores e das trabalhadoras do setor frigorífico e sua relação com a pandemia de Covid-19 é um problema mundial, mas no Brasil essa indústria tornou-se um verdadeiro caldo de cultura para o coronavírus. Já são milhares de contagiados nas comunidades onde os frigoríficos operam.

Em Iracemápolis-SP, Stial oficia Prefeitura e vereadores sobre Covid-19 na Usina Iracema

O Stial (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Limeira e Região) encaminhou ofícios aos vereadores e à Prefeitura de Iracemápolis, a respeito dos casos de Covid-19 na Usina Iracema (Grupo São Martinho), de Iracemápolis-SP. Até a semana passada, eram 31 casos na unidade, sendo que dois trabalhadores morreram de Coronavírus.

Quando a produção é mais importante do que os trabalhadores

“Em março, quando começamos a dialogar com empresas do setor, a JBS, uma das maiores exportadoras de proteína animal do mundo, já se recusava a conversar com os sindicatos e com o próprio Ministério Público do Trabalho”, disse à Rel Geni Dalla Rosa, secretária de educação da Contac e integrante do Comitê Executivo Latino-Americano da UITA.

Os limites da terra nas fronteiras da vida

Em Brasília, nos dias 5 e 6 de março, o Seminário de Direitos Humanos e Segurança na Ação Sindical ocorreu na sede da Contag. O encontro, organizado com o apoio da Rel UITA, da Contag e da Contar, discutiu uma agenda de ação conjunta no combate a uma nova escalada da velha e conhecida violência no campo.