O banco Nordea, o maior do norte da Europa, decidiu se desfazer de suas ações da JBS. Sua decisão motivada por vários motivos: a irresponsabilidade da transnacional brasileira na gestão da pandemia, seu envolvimento com o desmatamento da Amazônia e os vários casos de corrupção.
Frigoríficos resistem a protocolos de saúde, adverte CNTA
Os 500 mil trabalhadores em frigoríficos estão entre os mais expostos à Covid-19. O serviço os obriga a ficar em ambiente muito frio e com pouco distanciamento. As empresas resistem a assinar acordos coletivos com os Sindicatos. A JBS, uma gigante do setor, sequer assina TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público do Trabalho.
Um foco novo todos os dias
Margaret é procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho no Estado do Paraná e vem atuando diretamente na questão da saúde e segurança do setor frigorífico, onde os contágios se expandem como um rastilho de pólvora.
Uma indústria à deriva
A situação dos trabalhadores e das trabalhadoras do setor frigorífico e sua relação com a pandemia de Covid-19 é um problema mundial, mas no Brasil essa indústria tornou-se um verdadeiro caldo de cultura para o coronavírus. Já são milhares de contagiados nas comunidades onde os frigoríficos operam.
Quando a produção é mais importante do que os trabalhadores
“Em março, quando começamos a dialogar com empresas do setor, a JBS, uma das maiores exportadoras de proteína animal do mundo, já se recusava a conversar com os sindicatos e com o próprio Ministério Público do Trabalho”, disse à Rel Geni Dalla Rosa, secretária de educação da Contac e integrante do Comitê Executivo Latino-Americano da UITA.
A luta continua!
Após o ato de ontem e uma forte mobilização através de apoios das mídias sociais locais, estadual, nacional e até internacional, e com forte apoio da UITA, a JBS Unidade Nova Veneza, recuou e voltou a fornecer o EPI (Avental Plástico) aos trabalhadores e trabalhadoras.
"Vidas humanas não geram lucro"
Ato enfrente a Unidade da JBS de Nova Veneza em Santa Catarina. Trabalhadores e trabalhadoras protestam contra a retirada de Equipamento de Proteção Individual (EPI) e das Máscaras PFF2 uso obrigatório de 5 dias.
Agronegócio pode ter infectado 400 mil trabalhadores no Brasil por Covid-19
Confederação de trabalhadores da indústria da alimentação estima pelo menos 200 mil afetados; MPT tem 213 investigações abertas por surtos entre funcionários de frigoríficos em 22 estados; para infectologista, muitos se preocupam mais em não contaminar a carne.
“O lucro às custas da saúde dos trabalhadores e das trabalhadoras”
A situação dos trabalhadores e das trabalhadoras do setor frigorífico no Brasil é mais do que preocupante, e isso foi afirmado por Artur Bueno Junior, vice-presidente da CNTA, na teleconferência da Divisão de Carnes da UITA realizada em 1º de julho. Em seguida, transcrevemos o cerne do seu discurso.
O distanciamento dos oprimidos
Na última quarta-feira, 1º de julho, foi realizada uma teleconferência do Setor de Carnes da UITA. Artur Bueno de Camargo, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Alimentação e Afins (CNTA Afins), foi um dos 40 dirigentes que participaram. Em seu discurso, Artur destaca o papel da Regional e a articulação com a Contac na luta por melhorar as condições de trabalho e saúde no setor que se tornou uma das principais fontes de contágio por Covid-19. A seguir, transcrevemos o essencial de sua participação.