Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria de Alimentação, maior parte dos infectados é assintomático
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Segundo levantamento da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Indústria de Alimentação, maior parte dos infectados é assintomático
Os 500 mil trabalhadores em frigoríficos estão entre os mais expostos à Covid-19. O serviço os obriga a ficar em ambiente muito frio e com pouco distanciamento. As empresas resistem a assinar acordos coletivos com os Sindicatos. A JBS, uma gigante do setor, sequer assina TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) com o Ministério Público do Trabalho.
Margaret é procuradora-chefe do Ministério Público do Trabalho no Estado do Paraná e vem atuando diretamente na questão da saúde e segurança do setor frigorífico, onde os contágios se expandem como um rastilho de pólvora.
A situação dos trabalhadores e das trabalhadoras do setor frigorífico e sua relação com a pandemia de Covid-19 é um problema mundial, mas no Brasil essa indústria tornou-se um verdadeiro caldo de cultura para o coronavírus. Já são milhares de contagiados nas comunidades onde os frigoríficos operam.
O contexto da pandemia de Covid-19 poderia forçar mudanças na forma em que a indústria frigorífica alemã trabalha. Uma dessas mudanças seria a proibição de empresas terceirizadas, baseadas principalmente na mão-de-obra imigrante, quase escravizada.
Em entrevista à Rádio Liberal Guaporé, José Modelski Júnior presidente da nossa organização filiada o Sindicato de Trabalhadores da Alimentação de Serafina Corrêa fala sobre a realidade que enfrentam trabalhadores e trabalhadoras do setor frigorífico com relação a Covid-19.
“Em março, quando começamos a dialogar com empresas do setor, a JBS, uma das maiores exportadoras de proteína animal do mundo, já se recusava a conversar com os sindicatos e com o próprio Ministério Público do Trabalho”, disse à Rel Geni Dalla Rosa, secretária de educação da Contac e integrante do Comitê Executivo Latino-Americano da UITA.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação de Criciúma e Região (SINTIACR), que representa os trabalhadores da JBS, conversou com la Rel sobre as reivindicações que foram feitas diante de algumas medidas que a empresa tomou em detrimento da saúde de seus trabalhadores.
Após o ato de ontem e uma forte mobilização através de apoios das mídias sociais locais, estadual, nacional e até internacional, e com forte apoio da UITA, a JBS Unidade Nova Veneza, recuou e voltou a fornecer o EPI (Avental Plástico) aos trabalhadores e trabalhadoras.
Ato enfrente a Unidade da JBS de Nova Veneza em Santa Catarina. Trabalhadores e trabalhadoras protestam contra a retirada de Equipamento de Proteção Individual (EPI) e das Máscaras PFF2 uso obrigatório de 5 dias.