O Brasil da impunidade que não acaba nunca

Gilson Rego, coordenador regional no estado do Pará da Comissão Pastoral da Terra (CPT), conversou com A Rel sobre a sistemática violência sofrida por esta região do Brasil, sobre a criminalização do movimento social e comunitário, e sobre a prisão do Padre Amaro, reconhecido ativista dos direitos das comunidades rurais no município de Anapu. O padre está detido há quase três meses.

“É hora de enfrentarmos o medo”

“Na Confederação estamos indignados e repudiamos este covarde assassinato. Lamentamos profundamente a morte de Marielle, que se integrou à política partidária justamente para combater o tipo de violência que a matou”, disse Artur Bueno de Camargo, presidente da Confederação Nacional de Trabalhadores da Alimentação e Afines (CNTA Afins).

Açúcar Nobel, açúcar maldito!

As pessoas de corpos cansados, se cansaram dos maus-tratos e o sindicato mandou que parassem. Foi no dia 28 de fevereiro, no Engenho Taboga, propriedade da família do ex-presidente da Costa Rica e Prêmio Nobel da Paz, Óscar Arias. Ali se corta e se mói cana, e “plantação adentro, as pessoas são sombras e nada mais”, como disse o poeta porto-riquenho.

“Foram abertas as portas do inferno”

No dia 16 de fevereiro, o governo de Michel Temer decretou a intervenção das Forças Armadas na segurança pública do estado do Rio de Janeiro. A partir de então as forças policias, o serviço de inteligência, os bombeiros e as prisões estão sob o comando do general Walter Souza Braga Netto. Coisa nunca vista antes em uma democracia. O governo justifica a medida em razão da violência sofrida pelo estado.