A maioria da população e de sua base histórica mostrou não sentir mais confiança na FMLN para governar o país em seu terceiro mandato, após terem avisado de que precisavam corrigir o rumo de seu governo.

A maioria da população e de sua base histórica mostrou não sentir mais confiança na FMLN para governar o país em seu terceiro mandato, após terem avisado de que precisavam corrigir o rumo de seu governo.
As direitas mais autoritárias estão chegando ao poder em quase todo o mundo, sem sequer precisarem recorrer a golpes de estado ou a intervenções militares, como se fazia em décadas atrás. Agora, chegam pelo voto popular. Um novo contexto, exigindo dos movimentos sindicais e das esquerdas a habilidade de pensar formas diferentes de agir e de gerar estratégias.
O avanço mundial da direita e das empresas transnacionais obriga os sindicatos a refletirem sobre novos desafios, entre eles o de coordenar ações para enfrentar um adversário que sabe perfeitamente atuar em conjunto, disse para A Rel o vice-presidente da CONTAG brasileira, Alberto Broch, durante a reunião do Comitê Executivo da UITA*.
Agora que o panorama imediato é escuro. Agora que já não podemos esperar nada que não seja de nossas próprias lutas, pode ser um bom momento para fazermos uma pausa e refletir sobre os caminhos percorridos por nós nas últimas décadas.
Que um fascista declarado como Jair Bolsonaro esteja a ponto de ser eleito presidente do Brasil fala muito mal do sistema político em geral e em particular de quem devia representar uma alternativa de esquerda.
O jornalista e analista político, colunista da Rel-UITA, aponta nesta entrevista que não é possível reformar as sociedades latino-americanas das elites, o desafio é aprender e construir a partir de movimentos e setores populares.
As esquerdas já não se reconhecem como tal e a direita clássica perde espaço ante a extrema direita racista, xenófoba, machista.