Na sexta-feira, 26 de fevereiro, um trabalhador da área de manutenção da unidade da JBS do município de São José, em Santa Catarina, faleceu após ficar preso na máquina de resfriamento de frangos durante o conserto do hidrômetro do equipamento.

Na sexta-feira, 26 de fevereiro, um trabalhador da área de manutenção da unidade da JBS do município de São José, em Santa Catarina, faleceu após ficar preso na máquina de resfriamento de frangos durante o conserto do hidrômetro do equipamento.
Não é novidade para ninguém que o governo de Jair Bolsonaro tem sido totalmente displicente em relação à pandemia Covid-19, minimizando seus efeitos e incentivando a população a não tomar medidas de saúde para evitar os contágios.
No ano passado, nossas organizações filiadas à CONTAC e à CNTA obtiveram um acordo nacional com a BRF, uma das maiores empresas produtoras de carne e de alimentação em nível mundial. O convênio é válido para todas as fábricas frigoríficas da empresa.
Nesta terça, 23 de fevereiro, o Comitê Latino-Americano da Mulher da UITA (Clamu) realizou uma nova reunião preparatória e de coordenação, para encarar o Dia Internacional da Mulher Trabalhadora, que terá atividades durante todo o mês de março.
Os trabalhadores e as trabalhadoras do setor frigorífico foram considerados essenciais durante a pandemia de Covid-19 e, portanto, não pararam suas atividades como os outros setores da produção.
Em 2020, quando começou a pandemia, as confederações de trabalhadores que representam funcionários do setor da alimentação, CONTAC e CNTA, iniciaram uma série de ações conjuntas para chegar a acordos com as empresas desse setor – que tinha sido declarado essencial – para prevenir e controlar os contágios por Covid-19.
Um subcomitê para a crise do coronavírus composto por membros do novo Congresso dos Estados Unidos lançou uma pesquisa sobre a contaminação e mortes generalizadas pela Covid-19 em diferentes fábricas frigoríficas naquele país.
Em mais de 60 por cento dos casos de assassinatos vinculados a conflitos agrários cometidos em 2019, durante o primeiro ano de governo de Jair Bolsonaro, a justiça ainda não se pronunciou.
Com o fim dos acordos emergenciais que garantiam um subsídio de até 70 por cento dos salários para os trabalhadores e as trabalhadoras dos grupos de risco diante da pandemia de Covid-19, a JBS quer aplicar o layoff* para reduzir prejuízos, porém as organizações sindicais suspeitam que a pretensão da empresa é justificar demissões em grande escala, sem justa causa.
“Imagens do silêncio: 196 abraços contra o esquecimento” ganhou o primeiro lugar na categoria Online, no 37º Prêmio Direitos Humanos de Jornalismo.