a poucas horas do início da greve
-Estamos a poucas horas de dois eventos de grande transcendência: a grande mobilização de hoje e o início da greve a partir das 6 da manhã de sexta-feira. Como estão os seus preparativos?
-Nós nos mantemos em contato permanente com todos os centros de trabalho, onde estão sendo realizadas várias atividades de protesto contra a atitude intransigente da empresa, e em apoio ao direito à negociação coletiva que os trabalhadores têm, de acordo com as normas de nossa legislação trabalhista.
Estamos simplesmente defendendo os nossos direitos, que estão sendo violentados pela Cervejaria Nacional.
-Como está o ânimo dos trabalhadores, tanto da sua organização como do Sindicato da Indústria Cervejeira do Panamá (STICP)?
-O ânimo para a greve, que se inicia amanhã, é muito positivo. Vale a pena lembrar que esta medida de luta se prolongará até a comissão negociadora sindical considerar oportuno, conforme o desenrolar dos acontecimentos.
-Como a empresa está reagindo?
-Em poucas horas vamos ter outra rodada de negociações, da qual se integrará o senhor Pablo Uribe, vice-presidente de Recursos Humanos da Cervejaria Nacional, subsidiária da SABMiller no Panamá.
Vamos ser se há uma mudança real de atitude, porque esta transnacional está acostumada a negociar impondo condições.
Ultimamente, por exemplo, em vários centros de trabalho foi proibida a entrada dos dirigentes sindicais e foi mantida uma forte pressão sobre os trabalhadores para que não apoiassem a greve.
Chegaram ao absurdo de proibir a entrada do nosso secretário de educação, Jonathan Vélez, no centro onde ele trabalha.
A empresa tem até as 5h30 da manhã desta sexta-feira para reavaliar e começar a avançar significativamente na negociação. Entretanto, se a SABMiller mantiver a mesma posição de confronto, não teremos outra opção que não seja a de iniciar a greve.
Tradução: Luciana Gaffrée