De acordo com as suas declarações, o último pagamento foi realizado no final de junho e, nesta segunda, 13 de julho, os trabalhadores filiados ao Sitrafcorebgascelis e ao STICP esperavam o pagamento da primeira quinzena do mês.
“É evidente que se trata de uma medida de pressão da SABMIller para nos forçar a aceitar suas condições. A empresa sabe que os trabalhadores precisam deste dinheiro para cobrir suas necessidades e as de suas famílias durante a greve.
Isto é vergonhoso, porque está violentando o direito que temos de receber o nosso salário, que está sendo usado como uma arma contra esta greve justa e legítima”, explicou Vélez.
Em vez de minar o ânimo dos trabalhadores em greve, a chantagem descarada da empresa está gerando ainda mais unidade. Além disso, estão se multiplicando os gestos de solidariedade, tanto nacional como internacionalmente.
Sindicatos e organizações da Bolívia, El Salvador, Honduras, Guatemala, Nicarágua, Panamá e República Dominicana, filiados à UITA, se solidarizaram com os trabalhadores em greve e preparam ações de protesto contra a SABMiller, em seus respectivos países.
“Nós, trabalhadores, nos manteremos animados, unidos, solidários e até estamos cozinhando em frente aos centros de trabalho. Também continuamos com os piquetes e com as mobilizações diante do Ministério do Trabalho e da unidade central da Cervejaria Nacional.
Uma coisa está muito clara para nós: mesmo que não nos paguem, não vamos desistir. Ou a empresa reavalia sua posição e negocia ou isto vai dar pano pra manga”, concluiu o diretor.
Tradução: Luciana Gaffrée