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Mais de 3.200 mortes em um dia por Covid-19

Bolsonaro, um assassino em série

Já foi dito mil vezes: as políticas de Jair Bolsonaro – todas as suas políticas: de saúde, sociais, econômicas – são no mínimo genocidas. As milhares de mortes diárias provam o quão necessário é repetir isso.
Imagem: Allan McDonald

O Brasil atingiu, nesta terça-feira, um novo recorde diário de falecimentos por Covid-19: 3.251 casos em 24 horas.
Já são mais de 300 mil mortes. Já os contágios superaram os 12.130.000, quase 80.000 a mais em comparação com o dia anterior.

Há cadáveres nos corredores dos hospitais públicos, por falta de espaço nos necrotérios. Faltam camas para atender a avalanche de novos doentes, principalmente nas unidades de terapia intensiva. Além disso, já se percebe, em pelo menos seis dos 27 estados do Brasil, o desabastecimento de oxigênio e de medicamentos.

O vírus está absolutamente fora de controle e o Brasil se converteu em um “supermercado de novas variantes” que estão circulando já nos países vizinhos, especialmente a cepa chamada P1, mais contagiosa – isto é fato – e, ao que tudo indica, - ainda sem comprovar - mais letal que as anteriores.

Diante disso, a política do governo continua sendo a mesma: não fazer nada. Aliás, o presidente atacou novamente as autoridades dos estados e dos municípios que tomaram medidas para frear a circulação social do coronavírus, e os denunciou perante o Supremo Tribunal Federal. Para Bolsonaro cabe ao governo federal definir quais serviços devem ser mantidos ou não.

Perdeu mais uma vez, como está lhe ocorrendo ultimamente e de forma constante nos tribunais de justiça: O STF decide que estados e municípios podem regulamentar medidas de isolamento social e outras restrições, em seus territórios diante de uma emergência sanitária.

Mas o homem tem suas reservas, e ainda que a justiça o contradiga e receba panelaços de todas as grandes cidades do seu país, pelo discurso feito na terça-feira (23), sendo esta a maior rejeição popular que recebeu desde que chegou à presidência, Bolsonaro continuará pelo mesmo caminho. “Preservar a economia” – isto é, salvar os donos do país - antes que salvar vidas.

“Todos nós vamos morrer um dia”, “chega de frescura e mimimi, vão chorar até quando? ”, disse o Presidente do Brasil semanas atrás.