Ricardo é parte de uma família de revolucionários nicaraguenses. É irmão da ex-comandante guerrilheira Mônica Baltodano e de Zulema, caída em 1979 na etapa final da luta contra a ditadura de Anastasio Somoza.
Ricardo começou a fazer parte da luta desde muito jovem, no Movimento Estudantil de Secundaria (MES), em Manágua, mudando-se para León visando a participar das jornadas de luta pelos presos políticos, na insurreição de setembro de 1978, e posteriormente na insurreição final de 1979.
Após a vitória, foi fundador da Juventude Sandinista 19 de Junho e dirigente da Cruzada Nacional de Alfabetização.
Professor formado, dá aula de História e de Cultura de Paz, sendo coordenador da área de ciências sociais na Escola de Áreas Básicas da Universidade Politécnica de Nicarágua.
Também é secretário geral do Sindicato de Professores e Trabalhadores Docentes da mencionada universidade, onde foi reeleito em várias oportunidades pela sua intransigente defesa dos direitos dos trabalhadores e das trabalhadoras.
Em 1995, Ricardo se desvinculou da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), quando esta ganha um perfil autoritário e incorpora uma política neoliberal.
Desde as jornadas de abril deste ano, Ricardo participava de manifestações, passeatas, paralisações e concentrações na luta pela justiça e democracia.
Assim foi que se converteu em membro da Comissão de Organização da Articulação dos Movimentos Sociais.
Sua prisão é parte das detenções contra militantes e dirigentes populares e dos métodos utilizados pelo regime para se perpetuar no poder, incluindo assassinatos, torturas e desaparecimentos.
Tememos pela vida de Ricardo e de sua irmã Mônica, assim como de todos os lutadores sociais que decidiram permanecer na Nicarágua resistindo ao regime de Ortega-Murillo.
Portanto, a UITA, pelo anteriormente mencionado, exige a imediata liberação de Ricardo Baltodano e de todos os presos políticos sob o Regime de Ortega-Murillo.
Video Allan McDonald
Em Ginebra, Gerardo Iglesias