Segundo relatório divulgado pelo órgão, 14 trabalhadores (a maioria de origem boliviana) viviam em dois imóveis, localizados nos bairros do Bom Retiro e do Belenzinho, na capital paulista.
Em documento obtido por Universa, o Ministério do Trabalho relata que os 8 homens e 6 mulheres faziam jornadas de trabalho superiores a 14 horas diárias e recebiam cerca de R$ 3 pela confecção de peças que chegam a ser vendidas por mais de R$ 800.
Alguns funcionários disseram à fiscalização que exercem a mesma atividade desde 2012, sem registro em carteira.
"As duas oficinas de costura estão instaladas em imóveis com características residenciais, mas [são] utilizados para uso misto (industrial e residencial); além de [serem] precariamente adaptados para a atividade de costura, tais imóveis servem de moradia para todos os trabalhadores que foram encontrados trabalhando nestes estabelecimentos, bem como seus filhos menores de idade", denuncia o Ministério.
No Facebook, a Amíssima emitiu uma nota reconhecendo ter "falhado em não fiscalizar com ainda mais rigor" sua cadeia produtiva.
"Manifestamos repúdio a qualquer forma de trabalho que ofenda a dignidade humana e ao descumprimento da legislação trabalhista brasileira", diz o comunicado.