As justificativas dadas por ambos os países para explicar as inadmissíveis atitudes foram similares: ingerência nos assuntos internos, ameaça à segurança nacional e à paz.
Nesta terça 4, o presidente da Guatemala, Jimmy Morales, ratificou a sua decisão tanto de impedir a entrada ao país do presidente da CICIG, o advogado colombiano Iván Velázquez, como de não renovar o mandato do organismo, que havia desempenhado um papel fundamental na denúncia de esquemas de corrupção no país, que implicavam o próprio presidente Jimmy Morales.
A impunidade com relação a tantos crimes (a corrupção está intimamente ligada à repressão e aos saqueios produzidos pelos próprios organismos do Estado), que de alguma forma tinha sido combatida, voltará agora com mais força.
A Nicarágua vai pelo mesmo caminho. O Escritório Regional do Alto Comissionado das Nações Unidas para os Direitos Humanos disse que continuará “monitorando” a situação do país, porém agora desde o Panamá. O fato é que devido a isto “a proteção aos civis será cada vez mais difícil”, pois desaparece um dos escassos controles do Executivo.
A missão enviada pela ONU coincidentemente acabava de publicar um relatório demolidor para o governo de Daniel Ortega e sua esposa Rosario Murillo.
A Rel-UITA ratifica sua solidariedade com a resistência de ambos os povos e sua decisão de continuar lutando contra as violações aos direitos humanos e à corrupção seja onde for.
Em Costa Rica, Gerardo Iglesias