Em mais de 60 por cento dos casos de assassinatos vinculados a conflitos agrários cometidos em 2019, durante o primeiro ano de governo de Jair Bolsonaro, a justiça ainda não se pronunciou.
As diversas forma de violência contra os trabalhadores e as trabalhadoras rurais
A Confederação Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras Assalariadas Rurais (CONTAR) é a rede de contenção e denuncia de todo os tipos de abusos e violência que sofrem os assalariados rurais no Brasil.
Histórica e endêmica, violência sem fim
A propriedade da terra, a dura tensão entre latifundiários e trabalhadores, comunidades indígenas e trabalhadores sem-terra, assim como o papel do Estado, quase sempre do lado do capital, são as razões que levam à violência que mata, queima e expulsa a milhares de famílias do campo no Brasil.
Balas, fogo e governos: as armas do latifúndio
Como é infelizmente comum no Brasil, as terras públicas que antes eram destinadas à reforma agrária são objeto de enormes disputas, e sempre ou quase sempre aqueles que têm dinheiro e poder usam de várias artimanhas para usurpá-las, como forjar falsos títulos de propriedade, ameaçar de morte a líderes e dirigentes comunitários e sindicalistas.
As novas formas de uma velha violência
Os assassinatos de líderes rurais, sindicais e comunitários são moeda corrente no Brasil e a impunidade de suas mortes perpetua essa violência.
A pandemia agrava a violência contra defensores e defensoras dos bens comuns
“A situação dos defensores da floresta, das águas e dos direitos humanos se complicou com a pandemia, da mesma forma que a situação dos povos originários que estão completamente vulneráveis neste momento”, disse para a Rel, a ativista ambiental e defensora dos bens comuns Claudelice Santos, uma mulher que vive de perto a violência no campo brasileiro.
Os limites da terra nas fronteiras da vida
Em Brasília, nos dias 5 e 6 de março, o Seminário de Direitos Humanos e Segurança na Ação Sindical ocorreu na sede da Contag. O encontro, organizado com o apoio da Rel UITA, da Contag e da Contar, discutiu uma agenda de ação conjunta no combate a uma nova escalada da velha e conhecida violência no campo.
“As milícias estão dominando o país”
O recente seminário em Brasília, na sede da CONTAG, abordou a crescente violência no interior brasileiro e seu impacto nas comunidades nativas, nos sindicalistas e no meio ambiente. Também sugeriu organizar estratégias de resistência e de denúncia.
“A Violência no campo brasileiro é histórica”
“Precisamos criar uma rede de organizações, nos reorganizarmos, nos reagruparmos para enfrentar essa intensificação da violência", disse Carmen Foro, secretária-geral da Central Única dos Trabalhadores (CUT) e ex-dirigente da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura (Contag), na abertura do seminário “Direitos humanos e segurança na ação sindical”, realizado nos dias 5 e 6 de março em Brasília.
O agronegócio que violenta, expulsa, destrói e mata
O agronegócio que violenta, expulsa, destrói e mata
Luiz é agricultor no município de Chupinguaia, no estado de Rondônia, e possui 35 hectares em uma área na qual um especulador local quer estender seus domínios alugando-a a terceiros envolvidos na monocultura da soja.