A Argentina mergulhou em uma crise profunda e os que perdem, sempre os mesmos, surgem aos milhões.
"Atualmente, 60 por cento da população ganha menos de 20 mil pesos argentinos e, de acordo com a cesta básica Total do Indec, o instituto de estatísticas do estado argentino, uma família tipo precisa de 33 mil pesos para não ser pobre."
Neste país que produz alimentos para mais de 400 milhões de pessoas, 6 milhões passam fome e 20 por cento das crianças sofrem desnutrição crônica, de acordo com a Universidade Católica Argentina (UCA).
Na campanha eleitoral e no debate presidencial de 2015, o atual presidente Mauricio Macri sentenciou: “temos como objetivo econômico uma Argentina com pobreza zero”.
Macri errou, e errou feio. Desde que assumiu o cargo, em dezembro de 2015, já são mais de 1.500.000 novos pobres no país e 600.000 pessoas caíram na indigência nos últimos 18 meses.
“Neste ano, vislumbra-se uma inflação que chegaria a 57 por cento”, afirmou Álvarez em seu discurso de encerramento.
Se o adversário Alberto Fernández ganhar as eleições, “ainda que faça um bom governo, fecharíamos o ano de 2020 com uma inflação de 47 por cento.
Talvez, e com o vento a favor, durante todo o período do novo governo, será possível reduzir para 17 por cento”.
“Ou seja, ainda com as melhores previsões, teremos que passar por muitas tempestades ainda”, sentenciou Raúl.