Um dos presos, Élcio Vieira de Queiroz, dirigia o carro da emboscada que permitiu que o outro, Ronnie Lessa, matasse a tiros a vereadora Marielle Franco e seu motorista Anderson Gomes, no dia 14 de março do ano passado. Ainda não se sabe quem é o mandante do crime.
“Essa é a pergunta fundamental a ser respondida”, declarou na terça-feira 12 Mônica Benício, esposa da vereadora.
Marielle, que tinha 38 anos e uma filha adolescente, lutava contra a repressão nas favelas do Rio de Janeiro e contra a ação das milícias nas áreas pobres da cidade, bem como a relação das milícias com os narcotraficantes.
Marielle era negra, homossexual, socióloga, política, feminista, defensora dos direitos humanos e vereadora filiada ao PSol (Partido Socialismo e Liberdade).
Seu assassinato, segundo investigações do Ministério Público, foi preparado durante meses.
"É inconteste que Marielle foi sumariamente executada em razão da atuação política e das causas que defendia", disseram.
“A barbárie praticada na noite de 14 de março de 2018 foi um golpe para o Estado democrático de direito”, acrescentaram.