
uma terra sem lei

Em algumas das lojas, o Procon descobriu que “o risco de contaminação era ainda maior porque o lixo era manipulado manualmente”, em vez de ser com um sistema mecânico de pedais.
Também constataram infrações como a negativa de oferecer água gratuitamente sempre que os clientes pedirem, como obriga a lei.
Essas violações das normas sanitárias, que também ocorrem habitualmente em outros países da região – como aconteceu, por exemplo, no ano passado no Uruguai, onde a empresa foi punida pela prefeitura de Montevidéu com a multa máxima prevista na legislação local por comercializar alimentos vencidos- são menores se comparadas com as violações das normas trabalhistas cometidas pela empresa.
A Confederação Nacional dos Trabalhadores de Turismo e Hospitalidade (CONTRATUH) já se cansou de denunciar a Arcos Dorados (franquia que administra mais de 2.000 restaurantes da transnacional na América Latina), por seus contínuos ataques aos direitos dos seus trabalhadores e ex-trabalhadores no Brasil.
As denúncias abrangem irregularidades no pagamento dos salários, nas condições de trabalho, bem como fraudes na documentação e atitudes antissindicais...
O presidente da CONTRATUH, Moacyr Roberto Tesch, disse recentemente que a Confederação tenta desde 1990 dar um basta a esta empresa.
“A McDonald’s pensa que o Brasil é uma terra sem lei. Qualquer empresa tem que ter um contrato social formal e outro com a sociedade.
Se essa empresa não tem responsabilidade social com os trabalhadores brasileiros, não está cumprindo com as suas obrigações”, declarou o dirigente sindical.
Tradução: Luciana Gaffrée