Brasil | ELEIÇÕES | OPINIÃO

USTL e o voto consciente

Mantendo sua tradição de apoiar a democracia e a participação eleitoral, a USTL realiza este ano a campanha “Seu Voto – Instrumento de Mudança”, durante todo o período eleitoral.

Com outdoors espalhados pela cidade e materiais impressos evocando o voto consciente, a entidade produziu uma “Agenda Prioritária da Classe Trabalhadora”, com 22 compromissos a serem assumidos pelos candidatos a deputado federal e estadual, domiciliados em Limeira.

São tópicos como a revogação da Reforma Trabalhista de Temer, a negação da Reforma da Previdência apresentada por Temer, a anulação da Lei da Terceirização Irrestrita e da Emenda Constitucional 95, que congela gastos com Saúde e Educação por 20 anos.

Dos 24 candidatos domiciliados em Limeira, 7 assinaram o texto: Rita Manuela, candidata a deputada federal pelo Patriota; Livia Lazaneo, candidata a deputada federal pelo Psol; Gino Torrezan, candidato a deputado estadual pelo PR; Dinho de Limeira, candidato a deputado estadual pelo Democracia Cristã; Dito Barbosa, candidato a deputado estadual pelo PPL; Claudio Marques, candidato a deputado estadual pelo PT, e Artur Bueno, candidato a deputado federal pelo PPL.

Vivemos um momento de descrédito total com a política, o que pode aumentar ainda mais o índice daqueles que não se posicionam nos pleitos eleitorais.

A mais importante colocação da campanha “Seu Voto – Instrumento de Mudança” é pela participação efetiva. Mas participar não é tudo.

Limeira padeceu por décadas, sem representantes na Câmara Federal ou Assembleia Legislativa. É natural que se busque um candidato local, até para suprir o desprezo dos centros de poder pelo nosso município.

Observar a qualidade do representante, no entanto, é preciso.

O deputado mercador de emendas parlamentares, quando negocia seu voto para obter verbas para o seu município, reproduz o que há de mais podre na nossa história política.

É o chamado balcão de negócios parlamentar, o dilema da governabilidade que impede o império da ética na política, e segue durante séculos prejudicando nosso parlamento. Faz do Executivo seu refém.

Entre os votos vendidos nesta legislatura, há votos contra os trabalhadores (pela Reforma Trabalhista), votos contrários à investigação do presidente Temer, e muitos outros.

Ganhamos migalhas, que de forma momentânea aliviam a disfunção do pacto federativo, mas perdemos a oportunidade de mudar um estado de coisas que sempre será um empecilho à verdadeira democracia, e ao desenvolvimento social.

Reflita, debata, dedique um tempo de sua vida a escolher seus candidatos em 2018. O país que passa pela mais grave crise de sua história convoca seus cidadãos a esta tarefa. Contamos com você.