“Realizamos um novo encontro, no dia 19 de junho passado, com os dirigentes sindicais, focado na reforma trabalhista e na relação da sua aplicação com o aumento dos acidentes de trabalho.
Esta nova lei, ao precarizar as condições de trabalho, trará consigo uma maior sinistralidade”, afirmou Rose. Para ela, a ideia principal é que os sindicatos não se limitem a realizar assembleias informativas nas portas das fábricas, mas que também trabalhem em parceria com as Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPA), dentro das empresas.
“Estamos promovendo oficinas e palestras sobre maior segurança, prevenção e saúde dentro dos ambientes de trabalho, porque consideramos que o caminho é esse, a prevenção principalmente. Entretanto, este é um trabalho duro, um trabalho de formiga, mas que deve ser visibilizado por sua enorme importância”, enfatizou.
“Não há sentido lamentar um acidente de trabalho – continua Rose – ou mesmo a morte de algum trabalhador ou trabalhadora, se graças à prevenção tudo isso pode ser evitado”.
A Fetiasp desenvolve uma tarefa de difusão da NR5, referindo-se justamente às CIPA, para formar técnicos prevencionistas que atuarão diretamente nas empresas.
“Queremos que todos os trabalhadores e trabalhadoras percebam a importância da prevenção nos lugares de trabalho, a importância de manterem um ambiente de trabalho livre de acidentes, principalmente agora que, com a reforma trabalhista, a tendência é aumentar a precarização, um fator que incide diretamente com o aumento da sinistralidade no trabalho”.
Do encontro, participaram uns 50 sindicalistas que buscam ser multiplicadores de práticas de prevenção em segurança e saúde no trabalho.
“Temos que ampliar os espaços de discussão e reflexão dentro das organizações sindicais sobre a questão da prevenção em segurança e saúde no trabalho. Esta é uma bandeira que devemos levantar”, concluiu.
* ATRA (Associação em defesa dos trabalhadores do ramo da alimentação do Estado de São Paulo e vítimas de acidente e moléstias profissionais)