O desastre atingiu mais de 40 cidades do leste de Minas Gerais e do Espírito Santo, matando 19 pessoas, destruindo a flora e fauna da região, contaminando os rios Doce, Gualaxo do Norte e do Carmo, entre outros prejuízos incalculáveis.
Que estejam vivas em nossas memórias, as casas, os estabelecimentos de saúde, escolas e pontes destruídas, as 195 propriedades rurais diretamente impactadas, as 349 famílias desalojadas, etc.
Uma enxurrada de lama contaminada, que tornou a área atingida imprópria para ocupação humana e lançou partículas de metais pesados como chumbo, alumínio, ferro, bário, cobre, boro e mercúrio nas águas do rio Doce. Deixando um rio morto, e que não serve mais para irrigação, para os animais e para o consumo humano.
Diante desse desastre ambiental, considerado o maior e sem precedentes no Brasil, a CONTAG juntamente com as Federações e Sindicatos, vêm mais uma vez reivindicar que a Justiça Federal julgue os responsáveis pela tragédia de Mariana, nos quais são acusados funcionários e diretores da Samarco e suas controladoras – Vale e BHP Billiton – e da empresa VogBR.
Que o governo do Brasil tão aberto às privatizações e aos grandes empreendimentos multinacionais possa ter a mínima preocupação para que empresas como a Samarco possam desenvolver um plano que permita um controle do volume de resíduos e do tipo de rejeito encontrado nas barragens.
E que acima de tudo leve em consideração as questões ambientais e humanas. Mais uma vez afirmamos: a tragédia de Mariana não ficará impune!
Seguiremos na luta por JUSTIÇA!