“O Sindicato quer promover o emprego juvenil, especialmente para quem estiver em uma situação de vulnerabilidade, mas exige que o benefício não vá para empresas que não tenham convênio, já que a lei de emprego juvenil está sustentada em um fundo tripartite entre empresários, governo e trabalhadores”, disse Fernanda Aguirre, secretária geral do SUGHU.
O Sindicato considera não haver sentido em utilizar dinheiro público para pagar parte dos salários de uma empresa que não tem acordo com o Sindicato.
“A McDonald’s sempre se negou a aceitar as reivindicações dos trabalhadores” e na empresa não existe convênio coletivo. Aliás, não há nenhuma necessidade de promoverem o emprego juvenil nesta empresa, já que a mão-de-obra contratada é essencialmente jovem, e principalmente oriunda de contextos desfavoráveis.
De fato – informou Aguirre– esta empresa age de forma “repressora, promovendo condutas individualistas, premiando o servilismo, humilhando seus trabalhadores e obrigando-os a comerem hambúrguer todos os dias, o que acarretará em doenças nos jovens”.
Esta transnacional também já foi denunciada pelo SUGHU por assediar psicologicamente as trabalhadoras com 24 e 25 anos, por serem considerarem “velhas”. O que buscam é que elas renunciem por si só, livrando a empresa dos gastos em pagamento de benefícios sociais.
“Deixam as pessoas com problemas severos de autoestima e com baixa estabilidade emocional”, afirma Aguirre.
O sindicato denuncia também o fato de a decisão de receberem o subsídio ter sido tomada desconsiderando o Sindicato responsável pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras do setor.
Charge: Allan McDonald’s