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Versión en Español

João César Larrosa | Foto: Gerardo Iglesias

Brasil | SINDICATOS | RURAIS

“Quando você parar de se queixar e começar a lutar, aí você poderá avançar”

João é filho de um peão rural uruguaio e de uma imigrante alemã. Atualmente, mora no município de Arroio Grande, a 45 quilômetros de Jaguarão, na fronteira entre o Uruguai e o Brasil. Presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Arroio Grande e Região, João nos conta como a identidade agrícola da região está sendo alterada e em que medida a soja se tornou uma convidada tão estranha quanto daninha.
Gerardo Iglesias20 | 06 | 2019, 11:5920 | 06 | 2019

- Como vocês lidam com a nova realidade do movimento sindical brasileiro?
-Estamos fazendo um trabalho conjunto em Arroio Grande e Jaguarão porque o Sindicato dos Trabalhadores Rurais de lá não suportou o desfinanciamento causado pela reforma do trabalho, removendo a obrigatoriedade do imposto sindical.

Nossa organização também sentiu o choque, mas superou e permanece ativa na região que está muito ligada aos trabalhadores de arroz, embora a soja continue avançando sem piedade por essas terras.

-Desde quando você milita sindicalmente?
-Na interna dos sindicatos desde criança, porque meu pai era um assalariado rural e estava ligado ao sindicalismo, e eu o acompanhava.

Em 2007, me filiei ao Sindicado dos Trabalhadores Rurais de Arroio Grande e, em 2013, entrei para a diretoria da organização, que atualmente presido junto com Gabriel Santos.

- Você estava falando sobre o avanço da soja, um plantio que não gera emprego e que também promove um uso absurdo de agrotoxicos.
-Gostaria que alguém me apontasse um único benefício do plantio da soja para a nossa região.

A soja nos últimos 12 anos passou de 800 hectares para 45.000. Esse crescimento gerou um dano ambiental enorme e preocupante.

A maioria dos nossos cursos d’água estão contaminados por agrotoxicos aplicados em grande escala. Só que, além disso, a soja não gerou a rentabilidade esperada.

Atualmente estamos trabalhando em conjunto com o Ministério Público sobre a questão dos agrotoxicos.

Mais recentemente, a assustadora mortandade de abelhas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina teve uma difusão maior neste ano, porque foi feita uma denúncia e há um processo em andamento. Porém, estamos preocupados com o problema há muito tempo.

E há a questão dos solos. O solo onde a soja é cultivada leva de três a cinco anos para se recuperar, desde que tenhamos capitalização para fazê-lo.

Perdemos a nossa identidade produtiva, que é a agropecuária familiar e a produção de arroz, cedendo cada vez mais as nossas terras para a monocultura de soja.

O avanço da soja e a perda do emprego

- Além disso, está também o problema da geração de emprego...
- Exatamente. No estado do Rio Grande do Sul, a área do arroz diminuiu 9 por cento, tendo sido em grande parte substituída pela plantação de soja.

Para produzir arroz, é preciso de um trabalhador para cada 50 hectares, enquanto no caso da soja só é preciso de um trabalhador para cada 300 hectares.

Por isso, é fácil deduzir que o desemprego vem crescendo porque, como afirmei, a identidade agrícola desta região está se perdendo.

Com o avanço da soja, nada de bom nos espera.

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