Em outubro, será realizado um novo Congresso da Confederação Nacional dos Trabalhadores e Assalariados Rurais (Contar), onde surgirá uma nova direção que Bezerra presidirá, vislumbrando-se uma mudança na perspectiva de como encarar o trabalho sindical na preocupante conjuntura social, política e econômica que o Brasil está atravessando.
-Como se faz uma efetiva representação dos assalariados e assalariadas rurais?
-Aproximando-se das bases, construindo um novo diálogo com elas, implementando uma nova metodologia de trabalho.
É neste sentido que estamos nos preparando. Este é um exemplo.
Hoje nesta atividade de mulheres rurais, socializou-se a participação de nossas delegadas na Marcha das Margaridas, para que as companheiras que não participaram fiquem cientes do que aconteceu em Brasília, bem como quais responsabilidades nos competem agora como sindicato.
Como você verá, trata-se de um encontro dirigido aos nossos filiados e aberto ao público em geral, aqui neste pavilhão onde ocorre a Semana Farroupilha, comemorando a Revolução dos Farrapos.
No final de agosto, realizamos o plenário estadual da Fetar, com foco no nosso congresso de outubro, onde a nova Junta Diretiva será eleita de forma democrática, com suas novas linhas estratégicas de ação.
Estou convencido de que poderemos realizar um trabalho eficiente de representação, se soubermos em primeira mão quais são as dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores e trabalhadoras, suas preocupações e prioridades.
Para isso, precisamos desenvolver novas abordagens, metodologias e propostas.
-Qual é a representação da Contar?
-Representa mais de cinco milhões de assalariados e assalariadas, distribuídos em 11 federações estaduais, além de outras em processo de criação.
-Impensável realizar um trabalho nacional sem uma equipe de trabalho nacional...
-Assim é, e isso já abordamos na confederação. Nós almejamos uma Contar diferente, que não funcione apenas em Brasília, que desenvolva um trabalho efetivo, aproximando-se de suas bases num momento tão difícil como este que estamos sofrendo, onde os nossos direitos vêm sendo cortados.
É necessário então fazer uma reflexão interna, examinar os processos e quais são os instrumentos que temos que adequar.
Como você já disse, para desenvolver um trabalho eficiente, devemos construir uma equipe de trabalho nacional.
Para isto, reitero, precisamos de uma Contar atuante que atenda às necessidades e expectativas dos trabalhadores e trabalhadoras.
-A nova condução da Confederação deve saber que conta com o apoio da UITA...
-Este é um aspecto bem importante, saber que não estamos sozinhos. E a UITA é uma aliada fundamental, por ser uma organização que engloba diversos setores e diferentes temáticas vinculadas ao mundo do trabalho.
Certamente, o apoio da Internacional contribui para a nossa causa.