Um folheto com 10 tópicos críticos à PEC 06/2019 foi distribuído, contendo também alternativas para reduzir o déficit da Previdência. “Por que, antes de tolher direitos, não se cobram as grandes empresas devedoras do INSS, ou melhoram a fiscalização sobre o recolhimento do imposto? ”, questionou o presidente da USTL (União Sindical dos Trabalhadores de Limeira), Artur Bueno Júnior.
Lideranças sindicais se revezaram em discursos, utilizando um carro de som. As principais críticas foram para a “dureza” de algumas medidas, como a idade mínima para aposentadoria de 62 anos para mulheres e 65 para homens, a exigência de 40 anos de contribuição para receber a aposentadoria integral, e a redução do valor pago a idosos carentes pelo BPC (Benefício de Prestação Continuada).
“Os trabalhadores do setor do vestuário estão se posicionando contra a reforma, da forma como está sendo feita. É que no texto, seja no caso da aposentadoria rural ou da urbana, as mulheres serão as mais prejudicadas”, afirmou o presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Vestuário do Estado de São Paulo, Reginaldo Arantes.
Este setor é formado, predominantemente, por trabalhadoras.
Artur Bueno de Camargo, presidente da CNTA (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação e Afins) criticou a proposta de capitalização individual, presente na PEC 06/2019.
“O trabalhador corre o risco de se aposentar com valor ínfimo, e também coloca em risco as aposentadorias atuais (no modelo atual, os trabalhadores da ativa financiam os aposentados). No Chile, a iniciativa produziu uma legião de idosos miseráveis, e um grande número de suicídios entre este público”, analisou.
Fotos: STIAL