-Como você avalia este Congresso?
-Nós da Fetraern sempre procuramos levar adiante e promover a organização dos assalariados rurais no Brasil porque, infelizmente, estão nos tirando tudo e de forma trágica. Vemos que os nossos direitos trabalhistas estão escorregando pelo ralo.
Por isso é muito importante fortalecer a organização que defende os interesses dos assalariados e assalariadas rurais.
Nesse sentido, não podemos deixar de mencionar o papel fundamental de nossas organizações fraternas, de nossa confederação, a Contag, e da Rel UITA, sempre presentes em todos os momentos, dando-nos total apoio na luta contra todos os retrocessos em direitos humanos e sociais que estamos sofrendo no Brasil.
-Como você vê a formação do novo conselho diretivo?
-O fato de termos conseguido incluir uma jovem sindicalista como vice-presidenta da Contar, a nossa companheira Kaline de Souza, é uma conquista importantíssima e que nos enche de orgulho.
Ela é assalariada rural, trabalha na fruticultura, nas plantações de melão e de mamão, e é uma honra tê-la lá. Desejamos que a Kaline faça uma excelente gestão.
Agradeço também a confiança que depositaram em mim para formar parte dos membros suplentes.
-Quais as suas expectativas para o trabalho de agora em diante aqui?
-Acredito que será uma tarefa difícil devido ao contexto social, econômico e político que o país está atravessando, e que afeta acima de tudo os trabalhadores e as trabalhadoras deste país.
Por isso, espero contar, hoje mais do que nunca, com o apoio da UITA e de seus canais de comunicação, para que continuem difundindo internacionalmente os problemas e conflitos que vivemos no Brasil.
Para que o mundo inteiro saiba como são produzidos os alimentos que são consumidos nos vários mercados do estrangeiro.
Em Brasília, Gerardo Iglesias