-Como você avalia esta parceria entre a Fetar e a Rel UITA?
-É muito importante, porque apesar de estarmos nós da Federação apostando na formação sindical e na negociação coletiva, precisamos aprofundar alguns dos aspectos centrais, entre eles, a organização das mulheres e da juventude.
Eu ainda me considero jovem, vou fazer 32 anos, e entrei para a Fetar porque era preciso preencher a cota destinada à juventude, uma coisa fundamental para renovar os quadros sindicais. Portanto, sem dúvida, esta parceria com a UITA nos fortalece e nos permite gerar debates sindicais mais profundos.
Ser capaz de conhecer a realidade dos países vizinhos nos ajuda a passar por este momento tão nefasto vivido pelo movimento sindical brasileiro.
Temos um governo que está atingindo duramente os direitos da classe trabalhadora, que não oferece perspectivas de crescimento de qualquer tipo. O país está em recessão, não há consumo interno suficiente para mobilizar a economia local, o desemprego cresce diariamente e mais e mais se vê um Brasil parado.
Sendo assim, esta aliança é primordial e me faz sentir otimista, porque nunca houve conquistas sem um confronto prévio, então vamos lutar.
-Você acha que essa situação, que colocou em cheque o sindicalismo brasileiro, ajuda na construção de um processo de unidade?
-Acho que este é um momento de unidade, e já temos exemplos no estado do Rio Grande do Sul onde os sindicatos se fundem para poderem continuar trabalhando.
Este é o momento de consolidar a unidade e de enfrentar o que está por vir.
Esse panorama não deve ser reduzido ao movimento sindical do estado ou do país, precisamos estender nossas alianças para organizações fraternas de outros países e para isso temos a UITA como ponte e nexo fundamental.
Agradecemos esta iniciativa, porque a presença da Rel UITA aqui hoje é muito importante para nós.
Faz tempo que estamos acompanhando o trabalho da Regional e poder fazer parte dele é muito bom para nós.
Em Santana de Livramento, Gerardo Iglesias