O Primeiro Fórum Internacional da Cana-de-Açúcar, pela defesa do Emprego e da Produção Nacional (Cali, outubro de 2018) calibrou o tamanho das múltiplas dificuldades registradas pela produção de açúcar e de etanol na Colômbia.
Diferentes vozes, surgidas a partir de diferentes ângulos, consideraram a situação grave.
Asocaña – Associação que representa a agroindústria da cana-de-açúcar destacou que entre janeiro e novembro de 2018 as importações de etanol aumentaram 197 por cento em comparação com o mesmo período do ano anterior, representando 30 por cento do consumo interno.
Estas importações feitas respeitando o Tratado de Livre Comércio com os Estados Unidos – o maior produtor e exportador de etanol do mundo – são geridas por empresas intermediárias que, cabe mencionar, não geram emprego, colocando em risco a estabilidade de 286 mil trabalhadores e de mais de um milhão de famílias que dependem do setor agroindustrial da cana-de-açúcar.
Por outro lado, enquanto os Estados Unidos subsidiam sua produção, provocando uma profunda distorção, o etanol que entra no país não atende às normas ambientais exigidas pela Colômbia.
Guillermo Rivera enfatizou no Fórum sobre a necessidade de potencializar a incidência institucional e política do Sintrainagro e Asocaña, perante as autoridades do governo salvaguardando o setor de açúcar e etanol colombiano.
“Nós, aqui no Valle de Cauca, promovemos tudo o que aprendemos em todos estes anos na região de Urabá junto à associação de bananeiros da região (Augura), onde também tivemos que fazer alianças para, em vários momentos muito críticos, salvar a produção e os 25 mil trabalhadores/as diretos empregados nas fazendas”, disse.
“Está bem claro para nós – prosseguiu Guillermo – que a nossa missão passa por consolidar o diálogo social com a Asocaña e juntos exigirmos do governo a adoção de medidas pertinentes e uma urgente tramitação tendo como finalidade recuperar este setor”.
Nessa segunda-feira iniciamos uma nova Missão da UITA para replanejar nossa estratégia e avançar na reflexão e nas ações em parceria com a Asocaña e com o Sintrainagro.
Além das reuniões com a direção da Asocaña, foram pautados encontros com as subdireções da seccional Florida.
Tamanhos desafios só podem ser assumidos a partir da unidade de ação de todos os atores do setor.
Em Cali, Gerardo Iglesias