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Covid19 ou Jair Bolsonaro, quem pode matar mais?

O mundo vive hoje uma das maiores crises humanitárias dos tempos modernos. O COVD19 que tem origem na cidade de Wuhan, na China, se alastra com uma velocidade assustadora pelo mundo. Até este momento foram registradas mais de 19 mil mortes e mais de 465 mil casos de contaminação em todo mundo e este número segue aumentando.

A Organização Mundial de Saúde e os mais renomados cientistas são claros: a melhor forma de conter o vírus é o isolamento social para evitar que o vírus se expanda com maior velocidade que a já registrada.

Esta receita vem sendo seguida em todo mundo, Governos vem reforçando barreiras sanitárias, medidas de prevenção, orientando as pessoas a permanecerem em suas casas e, em alguns casos, proibindo a circulação de pessoas.

Mas o presidente do Brasil, um dos maiores “gênios” que este país já viu, desde o começo da crise vem adotando uma postura de minimizar os efeitos da pandemia, e decidiu nos últimos dias orientar a população a voltar à normalidade, já que no seu entendimento trata-se de uma gripezinha e a economia não pode parar.

A fala vai na linha do que pensam alguns empresários irresponsáveis do país, como se vê abaixo:

Junior Dusk, sócio do Madero que tem como slogan “o hamburguer do Madero faz o mundo melhor”: “o país não pode parar "por cinco ou sete mil mortes”.

Alexandre Guerra, sócio da rede de lanchonete Giraffas’s: " ... você já se deu conta de que, ao invés de estar com medo de pegar esse vírus, você deveria também estar com medo de perder o emprego?.

Roberto Justus, publicitário e sócio do Grupo NewComm e apresentador do programa “O aprendiz”, que tenta ensinar aos participantes como ser um empresário de sucesso: “Quem entende um pouco de estatística, que parece que não é teu caso, vai perceber que é irrisório. Dos que morrem, mesmo dos velhinhos, só 10 a 15% morre.”

Bolsonaro sempre deixou claro o que ele é e o que ele defende e a fala dele vai nessa linha, não se pode esboçar surpresa. Quem votou em Bolsonaro sempre soube que ele tem pouco apreço a vida e a população mais pobre.

Ao orientar a população a ir as ruas, o “açougueiro” da república, passa um recado claro: não importa se vão morrer alguns velhos e pessoas com histórico de problemas de saúde o importante é não quebrar as empresas, precisamos salvar a economia.

É preciso ficar claro que para salvar as empresas Bolsonaro fará qualquer coisa, mesmo que isso custe a vida de milhares de pessoas seja pelo coronavírus ou seja pela fome.

Não nos esqueçamos que no começo da semana o presidente propôs que os contratos de trabalho fossem suspensos por até 4 meses sem pagamento de salário.

Daí a pergunta: quem pode matar mais, Bolsonaro ou o Coronavirus?


Em Brasilia, Carlos Eduardo Chaves Silva