Em 2015, o Comitê Executivo da UITA aprovou em Genebra a primeira resolução sobre este assunto, que apoiava trabalhadores e trabalhadoras LGBTI em seus ambientes de trabalho e em suas comunidades, comprometendo-se também a se pronunciar contra a injustiça sofrida pela população LGBTI no mundo.
Um ano depois, a Rel UITA organizou no Brasil o Primeiro Encontro de Diversidade e Gênero, junto com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação de Criciúma e Região (SINTIACR).
Em 2017, em nossa XV Conferência Regional na República Dominicana, Gisele Adão, dirigente do SINTIACR, foi escolhida -por unanimidade e aclamação - integrante do Comitê Executivo da Rel UITA, em representação dos trabalhadores e das trabalhadoras LGBTI.
A primeira Conferência Internacional de Trabalhadores e Trabalhadoras LGBTI da UITA aconteceu em Genebra, no dia 27 de agosto de 2017, com a presença de mais de 70 participantes, durante o 27º Congresso Mundial da Internacional.
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A Conferência formou um grupo de trabalho visando a desenvolver uma proposta de estrutura e regras do Comitê LGBTI, para serem recomendadas às instâncias de arbitragem da UITA.
Estes são os antecedentes relevantes para a organização e promoção da igualdade de direitos, do respeito e da dignidade dos trabalhadores e trabalhadoras LGBTI dentro da UITA.
A Confederação dos Trabalhadores do Turismo e Hospitalidade (Contratuh) abraçou essa luta no Brasil e incorporou os direitos da população LGBTI como parte inerente dos direitos sindicais e humanos, entendendo que suas organizações não podem ignorar tais questões.
Em 21 de março, em Salvador, Bahia, deu-se a primeira oficina de diversidade sexual na Contratuh, durante a 13ª edição do “Viver Mulher”, atividade que ia até o dia seguinte.
A atividade foi coordenada por Jaqueline Leite, da Rel UITA e por Bruno Vida, do Centro Municipal de Referência LGBTI de Salvador, uma das organizações mais ativas e importantes do país, vinculada à Secretaria Municipal da Reparação (SEMUR).
Entre as resoluções definidas na oficina e aprovadas posteriormente pelo plenário, destacamos:
1. Garantir a adoção de ações concretas para erradicar a discriminação em função de gênero e/ou orientação sexual no ambiente de trabalho.
2. Promover a igualdade de direitos, o tratamento digno e iguais oportunidades para os trabalhadores e as trabalhadoras LGBTI, nos diversos setores representados pela Contratuh.
3. Contribuir para uma maior visibilidade da problemática e desafios das pessoas LGBTI, promovendo espaços de diálogo e de debates nos eventos do “Viver Mulher”.
4. Implementar as decisões do grupo LGBTI dentro dos setores representados pela Contratuh.
5. Criação da Secretaria da Mulher, Gênero e Sexualidade.
A realização da oficina, bem como as suas resoluções significam um importante apoio e marcam o caminho para que a problemática e os desafios da população LGBTI sejam especificamente incorporados na agenda dos sindicatos, promovendo portanto a inclusão e a igualdade.