A Argentina registra números recorde de feminicidios, a presidenta do Clamu, Patricia Alonso insiste em que devemos sair dos diagnósticos e começar a gerar políticas públicas de prevenção contra todos os tipos de violência contra as mulheres para impedir esse flagelo que afeta de forma especial a região.
Na Argentina em 2017, foram registrados 295 assassinatos de mulheres. Essa cifra só se iguala ao recorde de 2013.
Nesta última década, 2.679 mulheres foram assassinadas. Em média, um feminicídio a cada 30 horas.
Os dados se repetem ano após ano, com patrões constantes: os assassinatos são em sua maioria, 62%, cometidos pelos maridos ou ex-maridos das vítimas, sendo 51% deles praticados dentro das casas onde as mulheres viviam.
154 feminicídios foram cometidos por homens com direito a porte legal de armas, como - por exemplo - homens policiais.
E se duplicaram os feminicídios com abuso sexual prévio: em 2008, foram 24 casos. Em 2017, subiram para 45 casos.
Dos 295 feminicídios, 80 mulheres estavam grávidas, 165 eram menores de 12 anos, 101 eram imigrantes e 81 viviam em situação de prostituição ou de tráfico de mulheres.