O Conselho Municipal de Saúde de Passo Fundo entende que o prefeito deve decretar a interdição da JBS e isolar todos os trabalhadores e trabalhadoras sintomáticos com COVID 19.
Ontem (23/04) foram confirmamos 65 casos de COVID-19 no município. A cidade precisa agir mais energicamente. Uma Ação Civil Pública do Ministério Público do Trabalho (MPT) de Passo Fundo, baseada em informações da Secretaria Municipal da Saúde, informa que um dos focos de contaminação é a empresa JBS.
A referida ação do MPT pede que a empresa, entre outras medidas, promova o afastamento de todos os empregados por 14 dias, sem prejuízo da remuneração, e que eles sejam submetidos ao teste PCR como condição para retornar ao trabalho.
Porém, até o dia de hoje, isso não foi autorizado pelo judiciário e a situação de contaminação da JBS torna insustentável a continuidade das atividades dela. Até o dia 18/04 a unidade tinha 7 casos confirmados de COVID-19, sendo que um encontra-se em estado gravíssimo.
Além disso, possuía 78 empregados afastados por sintomas gripais, sendo que, dentre os trabalhadores afastados, 6 pessoas trabalhavam na mesma linha de produção do 2º caso confirmado, cujo trabalhador se encontra na UTI do HSVP desde o dia 04/04. Certamente esses números são maiores nesse momento.
Essas informações demonstram a urgência de uma ação por parte do Poder Público Municipal, que não há outra possível senão a interdição da empresa até que sejam tomadas medidas de contenção da contaminação do COVID-19 nela, tendo como referência o que propõe o MPT.
O prefeito não pode ficar omisso diante dessas informações, pois certamente este foco é responsável por uma parcela significativa dos 65 casos confirmados, provavelmente muito mais do que os 7 já confirmados de trabalhadores de lá.
Além disso, precisa rapidamente promover a testagem e isolamento de todos os familiares de servidores com síndrome gripais já manifestada, orientando e controlando o isolamento deles.
Essa ação é urgente e fundamental para conter a pandemia na cidade, e o prefeito não pode ficar omisso. A pandemia exige atitudes firmes e sem hesitação de todos nós, especialmente dos administradores públicos.
NdE: agradecemos a Jair Krischke presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH), o envio deste material.
Os negritos pertencem à Rel