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Comunicado do STIA de Villa Nueva

O Sindicato dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação de Villa Nueva denuncia uma nova prática para reduzir o número de trabalhadores da Nestlé Argentina S.A. A Rel divulga a seguir o comunicado completo.

Caros companheiros e companheiras, queremos deixar registrado que desde o início da gestão do atual gerente Pablo Bonomini, 30 pessoas já foram demitidas. Para passar despercebido, utilizaram da modalidade “demissão da formiga”. Isto é, demissões esporádicas buscando passarem inadvertidas.

O que configura esta modalidade é o fato de os postos não serem cobertos com novas incorporações, ou seja, com o tempo a empresa reduzirá a sua mão-de-obra, objetivo final do atual gerente.

O STIA também adverte existirem movimentos internos na fábrica (mudanças de setor) geradores de mal-entendidos e de polifuncionalidade. Essa transgressão da normativa trabalhista atual visa a aproveitar-se prematuramente da flexibilização trabalhista proposta pelo governo. Aliás, Santiago Orellana, responsável pelo setor de recursos humanos, é o principal impulsor destas medidas dentro da fábrica.

A implementação destas mudanças gera uma permanente insegurança no pessoal, por não saberem se a empresa oferece perspectivas futuras ou se há de fato uma suposta crise do setor.

Em conclusão, acreditamos que estas empresas estão atuando como instituições financeiras e não como empresas da indústria de manufatura.

Cabe assinalar também que a Nestlé Argentina S.A. junto com outras transnacionais do setor são as principais lobistas da reforma regressiva e inconstitucional proposta pelo governo, visando a, em nosso caso, flexibilizar as tarefas dentro da unidade.

Isto implicará num profundo deterioro das condições de trabalho, afetando as relações de força, em benefício das grandes empresas, gerando um claro detrimento da dignidade dos trabalhadores e trabalhadoras.

A STIA repudia totalmente estas metodologias nocivas, próprias de ambições pessoais nunca vividas com outros gerentes e destacamos que esta situação vem agravando as relações entre o sindicato e a empresa, tanto local como nacionalmente, colocando-nos sob alerta para acionarmos futuras medidas de ação direta.

Contamos com o apoio de todos os companheiros e companheiras para frear quaisquer novas medidas que afetem a classe trabalhadora.