Eduardo Pazuello
Ministério da Saúde
Ref: Prioridade do Plano de Vacinação
Excelentíssimo senhor Ministro:A Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA) e a Confederação Brasileira Democrática dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (CONTAC), com apoio da União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação (UITA), vêm, pelo presente, considerar e solicitar o quanto segue.No Brasil, estamos vivendo em um estado de calamidade pública, sem precedentes para nossa geração, desde março de 2020, como consequência da pandemia do coronavírus.
O vírus continua em circulação e, conforme relato dos especialistas da área da saúde, somente com a vacina será possível imunizar as pessoas, reduzindo o número de infectados e, consequentemente, diminuindo o número de óbitos pela Covid-19.Temos notícias de que vários países já iniciaram a vacinação, entretanto, o Brasil encontra- se em fase de programação e aquisição de produtos, sem um efetivo planejamento para imunização da população.
Os integrantes da Comissão que participou das discussões do Plano de prioridades na ordem de vacinação, são profissionais de alto nível, que possuem efetivo conhecimento técnico e científico.
Esta Comissão indicou, entre outras prioridades, a imunização de todos os trabalhadores, considerados em atividades essenciais, pelo governo.
É de conhecimento público que um milhão e seiscentos mil trabalhadores, das indústrias de alimentação, vêm sendo exposto a altos graus de risco, a transformação e industrialização dos alimentos, para abastecimento dos mercados interno e externo.
Também é de conhecimento público, que as indústrias de alimentos, durante este período de pandemia, não apenas mantiveram suas produções, como elevaram o percentual de produtividade.
Sabemos que todas as atividades essenciais devem ser priorizadas, nas escalas de vacinação, mas, os trabalhadores das indústrias de transformação de alimentos, têm a responsabilidade de garantir alimentos, para manutenção da segurança alimentar brasileira.
Feitas as considerações acima, firmamos nossos compromissos na defesa de que todas as vacinas, inclusive aquelas para imunização contra a Covid19, sejam consideradas itens de saúde pública e que suas aquisições sejam viabilizadas, com base nos estudos científicos, com a agilidade que se requer, para salvar vidas e, ao mesmo tempo, a economia do país.
Assim, pelas razões mencionadas, respeitosamente, solicitamos que todos os trabalhadores e todas as trabalhadoras, das indústrias de alimentos e bebidas em geral, tenham prioridade, na escala de planejamento da vacinação, para, além de salvarmos vidas das doenças, salvemos vidas da fome.
Sendo o que se oferecia para o momento,
Cordialmente.
Nelson Morelli
Presidente da CONTAC-CUT
Artur Bueno de Camargo
Presidente da CNTA
Gerardo Iglesias
Secretário Regional UITA