MESMO A ARCOR
GANHANDO MUITO DINHEIRO
DIZ NÃO AOS SEUS TRABALHADORES
Em um contexto nacional de implementação de políticas que consideram o salário dos trabalhadores e das trabalhadoras como uma variável de ajuste para conter os altos índices de inflação na Argentina, tenta-se impor também uma reforma trabalhista que ataca os direitos e as conquistas dos trabalhadores.
Além disso, esta reforma enfraquece e condiciona as negociações coletivas, reduz o custo da mão-de-obra para as empresas e gera contratações que precarizam as relações de trabalho.
É neste contexto que os sindicatos da alimentação, representando mais de 8 mil trabalhadores e trabalhadoras da Arcor na Argentina, solicitaram à empresa, como fizeram já em anos anteriores, um montante extra para atenuar os graves prejuízos causados pelos permanentes aumentos dos preços dos produtos de primeira necessidade e pelos abusivos aumentos das tarifas e dos serviços, corroendo o poder aquisitivo dos salários dos trabalhadores nestes últimos meses.
A transnacional rejeitou a justa reivindicação dos trabalhadores e das trabalhadoras, expressando a sua decisão de não autorizar a entrega de nenhuma soma extra aos trabalhadores.
Diante desta situação, os sindicatos decidiram realizar uma mobilização em frente das sedes da Arcor, assembleias nas portas das fábricas, e assembleias informativas de meia hora por turno de trabalho.
A Arcor não tem motivos para negar o pedido, pois continua crescendo e investindo, tudo isso graças aos esforços e riquezas geradas pelos seus trabalhadores.
É sabido que a transnacional argentina goza de uma boa saúde financeira.
Recentemente, a transnacional se uniu à Bagó para lançar uma linha de suplementos dietéticos com um investimento de 4,5 milhões de dólares.
Rejeitamos e denunciamos esta atitude da empresa e expressamos a nossa solidariedade com as trabalhadoras e os trabalhadores da Arcor da Argentina.