O encontro teve como objetivo discutir emendas à PEC 6/2019, que propõe modificar o sistema de Previdência Social, encaminhado à Câmara dos Deputados pelo governo federal. A pauta da reunião também tratou a respeito da elaboração de materiais para a campanha da frente e estratégias e atuação das entidades parceiras.
Ao abrir os trabalhos, o coordenador da frente, Senador Paulo Paim (PT/RS) divulgou agenda de audiências nos estados e datas dos debates específicos que devem acontecer no âmbito de cada comissão na Câmara.
“A reforma, como está, não interessa e não convence a ninguém, a não ser ao mercado financeiro. O povo brasileiro não quer essa reforma, porque o que está sendo proposto para a capitalização é o fim da previdência. Queremos fortalecer a Constituição que defende um pacto social. Peço que as entidades parceiras estejam empenhadas a participarem e divulgarem nossas ações nos estados”, afirmou.
Em seu pronunciamento, o presidente da CONTRATUH, Wilson Pereira, defendeu que a fatídica Reforma da Previdência, assim como sua irmã mais velha, a Reforma Trabalhista, traz mudanças sérias no sistema previdenciário e estão sendo tratadas a toque de caixa, sem diálogo com representantes da população e baseada em análises frias e que desconsideram especificidades regionais, de gênero e classe social.
“Estamos certos de que existem outras formas de sanar o déficit da previdência, se é que ele existe. Um deles seria cobrar os grandes devedores da previdência social. Enquanto representantes da classe trabalhadora estamos fazendo um trabalho de base, de conscientizar nossos trabalhadores, porque o governo não fala a verdade”, finalizou.