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Organizações sociais e sindicatos mexicanos repudiam Bolsonaro

Semeador do ódio

Numerosas organizações sociais e sindicais mexicanas se reuniram neste final de semana no centro da capital para expressar sua solidariedade com o povo brasileiro diante do perigo de que o ultradireitista Jair Bolsonaro ganhe as eleições no próximo domingo.

Entre os movimentos reunidos no domingo, no monumento ao Anjo da Independência, estavam presentes o Coletivo Regina de Sena México-Brasil contra o Golpe de Estado, o Sindicato Mexicano de Eletricistas (SME), o Sindicato de Mineiros e Metalúrgicos e a Nova Central de Trabalhadores Mexicanos.

Os movimentos repudiaram Bolsonaro, por ser um candidato que usa do ódio, da xenofobia e da misoginia como suas principais carta de apresentação.

No ato de solidariedade, participaram algumas personalidades de destaque, como o escritor paquistanês Tariq Ali, quem fez um veemente alerta para o que está acontecendo no Brasil, solicitando uma resposta global contra o crescimento de uma cultura do ódio e da xenofobia.

Esteve também presente a psicóloga social, escritora feminista e ativista LGBTI, Gloria Careaga, quem enfatizou a necessidade de serem construídas alternativas latino-americanas para barrar o discurso de personagens como o do ex capitão Bolsonaro.

Foram vários os participantes que homenagearam algumas pessoas recentemente assassinadas de forma violenta no Brasil, como a vereadora do Rio de Janeiro e ativista Marielle Franco, baleada no dia 14 de março, e o Mestre Moa do Katende, fundador do Badauê, compositor, percussionista, artesão, educador e mestre de capoeira, assassinado no dia 7 de outubro, depois de ter declarado seu voto em Haddad, do PT.

Para o encerramento do ato, do qual participaram centenas de pessoas, contou-se com um espetáculo artístico de capoeira ao ritmo do “Canto das três raças”, de autoria do cantor Renato Braz e que evoca a luta do negro no país, em um território livre da escravidão, conhecido como o Quilombo dos Palmares, onde conviveram ex-escravos de origem africana, mestiços e minorias brancas, entre 1580 e 1710.

Fotos: Gilberto García


No México, Gilberto García