A maioria sabe da história do FST, mas farei um breve resumo para aqueles que não o conhecem muito.
Este espaço, do qual assumi a condução nacional em 2016, está composto por 22 confederações, com o principal objetivo de contribuir no encontro de soluções para todos aqueles problemas que prejudicarem de uma forma ou de outra os trabalhadores e as trabalhadoras.
O FST sempre se propôs a unir as confederações, federações e sindicatos, a ser o nexo entre eles, a servir como meio de comunicação e de articulação para as ações.
Na conjuntura atual, o FST deve urgentemente levar adiante uma plataforma mais ofensiva visando a frear as barbaridades cometidas pela classe política.
É consenso no Fórum que não podemos permitir nem aceitar pacificamente a atual “reforma trabalhista”, nem a forma em que foi conduzida e aprovada pelo Congresso, por meio de propinas e promessas de cargos públicos.
Considerando este cenário, decidiu-se realizar um trabalho de conscientização dentro das bases sindicais.
É imperioso resgatar o vínculo com as nossas bases, fortalecendo-o. Devemos retomar a luta de classes.
Consideramos que o movimento sindical está mergulhando em um trabalho fundamental, mas cada qual está preocupado com o seu setor. Observamos que quando tentamos unificar a luta de classes, encontramos muitas dificuldades.
O Fórum pode então ser aquele mecanismo capaz de atingir esta almejada integração entre os sindicatos de diferentes setores.
Esta campanha de resistência às reformas do governo Temer tem um objetivo ainda maior: conscientizar a sociedade em seu conjunto da importância de mudarmos a cara deste Congresso, colocando nele pessoas que realmente se comprometam com o bem-estar social.
Não haverá justiça social enquanto neste Congresso estiverem esses parlamentares e este presidente.
Por isso, formamos cinco grupos, coordenados por igual número de confederações, para percorrerem todos os estados do país, realizando atos públicos para informar a população sobre os impactos da reforma trabalhista e para denunciar todos aqueles deputados e senadores (homens e mulheres) que votaram pela reforma trabalhista, para que nunca mais nenhum trabalhador ou trabalhadora vote neles.
Temos que deixar bem claro que o Congresso, quando diz que esta reforma é necessária e que chegou para salvar o país, está na verdade falando uma grande mentira.
É preciso mostrar o outro lado da moeda e os interesses ocultos nesta reforma.
Vamos resistir a esta reforma e também à Reforma da Previdência, que momentaneamente está parada.
Está claríssimo que não há outro caminho que não seja o da resistência.