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Agrava-se o conflito na Nestlé Dominicana
Em Manágua,
República Dominicana
NESTLÉ
Agrava-se o conflito na Nestlé Dominicana
Transnacional teima em negar PLR aos trabalhadores e em burlar a legislação nacional
A reunião de mediação solicitada pelos dois sindicatos da Nestlé Dominicana AS, realizada em 9 de maio passado no Ministério do Trabalho, evidenciou, mais uma vez, a falta de vontade da empresa em encontrar uma saída negociada para o conflito que se agrava rapidamente.
Há várias semanas, o Sindicato dos Trabalhadores da Nestlé de San Francisco de Macorís (Sintranestlesf) e o Sindicato dos Trabalhadores da Nestlé de San Cristóbal (Sitranestlé-San Cristóbal) denunciam a Nestlé Dominicana AS por negar a PLR aos seus trabalhadores, como estabelece o artigo 223 da legislação trabalhista dominicana.
 
A transnacional suíça argumentou ter fechado o ano fiscal de 2013 com déficit, e propôs compensar a perda da bonificação com a concessão de empréstimos sem juros aos seus trabalhadores.
 
Em 4 de maio passado, durante uma assembleia abarrotada, onde os dois sindicatos estavam presentes, os trabalhadores/as rejeitaram essa proposta e votaram, por unanimidade, iniciar um plano de luta. 
 
“Solicitamos a mediação das autoridades trabalhistas, mas a reunião foi um fracasso. A empresa manteve a mesma posição intransigente, se negou a entregar o que por lei nos pertence e continua querendo nos dar apenas migalhas”, disse para A Rel, o secretário geral do Sintranestlesf, Elvis Duarte.
 
Tendo em vista que a empresa não reviu sua posição, e se fechou ao diálogo, os sindicatos solicitaram ao mediador levantar uma ata de “não acordo”. Também anunciaram que vão exigir da Nestlé Dominicana a entrega dos livros de contabilidade, tal como estabelece o Código do Trabalho em seu artigo 202.
 
“Com o acompanhamento e a assessoria de economistas especializados na matéria e de auditores, vamos estudar a fundo o que foi o exercício de 2013 da Nestlé Dominicana SA.
 
Vamos investigar o que aconteceu de fato e quais são as responsabilidades da empresa”, advertiu Juan Sierra, secretário-geral do Sitranestlé-San Cristóbal.
 
Ambos os sindicatos explicaram que, uma vez estudados os livros contábeis, voltarão a se reunir e, junto aos seus assessores e à Confederação Nacional da Unidade Sindical (CNUS), estarão defendendo o plano de luta a se desenvolver durante as próximas semanas.
 
“Não somos os responsáveis pelo ocorrido em função de uma má administração da empresa. Exigimos que a legislação trabalhista seja respeitada e que a Nestlé Dominicana entregue o que deve aos trabalhadores”, pediram de forma uníssona os dois dirigentes sindicais.
 
Também agradeceram o apoio oferecido pela Rel-UITA e pela Federação Latino-Americana dos Trabalhadores da Nestlé (Felatran), e pediram que ficassem atentas a qualquer situação que possa se apresentar durantes os próximos dias.
 
“Estão nos negando o que nos pertence e que foi ganho por nós à custa de muito esforço. Temos o apoio de todos os trabalhadores/as e vamos aumentar o tom de nosso protesto”, concluiu Sierra
  
Rel-UITA
16 de maio de 2014
 Tradução: Luciana Gaffrée
 
 
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