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O gigante do café está vindo aí
Convênio Brecha – Rel-UITA
Uruguai
    TRANSNACIONAIS | STARBUCKS
    O gigante do café está vindo aí
    A Starbucks, empresa recorde em calorias, planeja chegar ao Uruguai e se espalhar pela América Latina.
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    Imagen: cardinalcream.info
    A Starbucks, a maior cadeia de cafeterias do mundo, com sede nos Estados Unidos, anunciou o seu plano de expandir-se, ainda mais, pela América Latina. Em breve, chegará ao Uruguai, contudo ainda não se fala de preços. Sabe-se que no restante do mundo a regra é de o café da Starbucks duplicar ou até mesmo triplicar o preço das outras cafeterias próximas a ela.
    Como informou a agência Efe, a Starbucks, anunciou o seu plano expandir-se, ainda mais, pela América Latina e de vender suas bebidas energéticas e seu café gelado, utilizando-se da transnacional Pepsico (que se encarregará da distribuição, venda e marketing), abrindo para isso suas cafeterias em novos países.

    Neste pacote, a Starbucks ampliaria os seus domínios para o Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, México, Panamá, Peru, Porto Rico e Uruguai.

    As cafeterias Starbucks se caracterizam pro servir cafés em grandes copos de plástico, impessoais e gigantescos, entregues aos clientes nos balcões de atendimento para estes, então, levá-los até as mesas ou poltronas, onde irão consumi-los.

    A Which?, uma organização de consumidores do Reino Unido, fez uma pesquisa revelando ser a Starbucks a empresa que serve o pior café, das três grandes cadeias de café instaladas nesse país. Essa pesquisa também denunciou a excessiva presença de gordura em seus alimentos, principalmente em quatro dos seus sanduíches, por apresentarem mais de 495 calorias (superando até mesmo o hipercriticado BigMac),  ou a torta Cinnamom Chip, preparada com canela, e que conta com 480 calorias.

    Aliás, poderíamos também mencionar o Muffin de Blueberries do Starbucks com suas 591 calorias ou mesmo o seu copo “venti” (longo) de chocolate quente, de módicas 700 calorias. O café da Starbucks tamanho venti tem 320 miligramas de cafeína, quatro vezes mais do que uma bebida energética Red Bull.

    O portal do Daily Mail afirma que as suas bebidas chegam a ter até 18 colheres de açúcar por copo. Com relação à sua iminente presença no Uruguai, ainda não se fala de preços, mas no resto do mundo a regra é que o café da Starbucks duplique ou triplique o preço das outras cafeterias próximas a ela.

    Trata-se de um autêntico gigante em contínuo crescimento. Em 2014, a Starbucks contava com mais de 21 mil cafeterias em 65 países.   

    Há 20 anos a Starbucks e a Pepsico Fundaram a Aliança do Café da América do Norte, que hoje absorve 97 por cento do mercado das bebidas de café ready to drink (pronto pra beber), dos Estados Unidos.

    Mas, de fato, o plano da transnacional não difere muito do já aplicado por cadeias como a MacDonald´s e a Burger King, em nosso país: vender comida-lixo a preços excludentes, como se não estivessem vendendo hambúrgueres, sanduíches ou cafés, mas manjares e elixires celestiais.

    São mestres em mascarar seus produtos com um merchandising atrativo: uma constante da empresa é oferecer um ambiente elegante, relaxado e aconchegante, com conexão wifi e onde o cliente possa passar horas com um só café sem que ninguém reclame dele.

    E é por isso que costuma ser o lugar preferido de muitos homens de negócios, estudantes ou de quem faz ciber-trabalho, pois podem se instalar em seus sofás sem limite de tempo.

    Uma das mais acertadas e reiteradas críticas à transnacional se refere à sua agressiva estratégia para ter sucesso em seus pontos de venda. Um modus operandi consiste em colocar vários locais em uma mesma região, investindo importantes somas de dinheiro para obter melhores localizações.

    Assim, talvez, cada um dos seus locais não venda tanto independentemente, mas sim em seu conjunto, saturando o mercado e promovendo o fechamento da concorrência: bares e cafés locais. Para tanta quantidade, fazer frente com qualidade fica muito difícil.
     
    Rel-UITA
    23 de setembro de 2015

    Fonte: Brecha Seminário

    Convênio Brecha – Rel-UITA

    Tradução: Luciana Gaffrée  
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