O homem resgatado estava com ferimentos nas pernas e sinais de desnutrição, segundo informações dos agentes que participaram da operação.
“Não vamos admitir nenhum trabalhador em situação análoga à escravidão. Não podemos achar isso normal. O movimento sindical luta, combate e vai às últimas instâncias para combater esse famigerado regime de trabalho”, exaltou o presidente da CONTAR, Gabriel Bezerra.
Na operação no Rio Grande do Sul, os agentes e auditores encontraram também e resgataram um trabalhador menor de 18 anos – o que é proibido pela legislação para trabalho rural. Os auditores fiscais do trabalho constataram que o rapaz recebia pela atividade R$ 300,00 por mês. Segundo Denílson Aguiar, diretor-financeiro da FETAR-RS, a fazenda “Dona Silvina”, onde os trabalhadores foram resgatados, fica no distrito de “Canoa Mirim”.
A propriedade é de criação de gado. No local havia outros trabalhadores em condições análogas a escravo; alojamentos precários e sem instalações sanitárias adequadas e sem carteira de trabalho assinada. “Estamos apoiando e fortalecendo a ação dos agentes públicos, que atuam na fiscalização do trabalho no campo.
A CONTAR e todos as entidades sindicais de assalariados e assalariadas rurais, combatem fortemente o trabalho precário e queremos acabar, definitivamente, com o trabalho escravo”, completou Gabriel Bezerra.
A CONTAR é parceira da ONG Repórter Brasil, no projeto “Escravo Nem Pensar”. O ENP é um programa nacional de prevenção ao trabalho escravo, e segundo dados da Repórter Brasil, já atingiu quase 600 municípios em todo país.
A CONTAR tem também a COMISSÃO DE PASTORAL DA TERRA – CPT – como parceiro importante na luta e combate ao trabalho escravo. A entidade ainda participa da Comissão Nacional de Erradicação do Trabalho Escravo – CONATRAE.