29
Agosto
2016
Diplomata sueco defensor dos Direitos Humanos é homenageado
Segundo o prefeito, Edelstam preservou vidas de cidadãos torturados
Portal da Prefeitura Municipal de Porto Alegre
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Foto: Nelson Godoy
Porto Alegre homenageou, nesta quinta-feira, 25, com o nome de uma praça no bairro Jardim Botânico, o diplomata sueco Gustav Harald Edelstam. Nascido em 1913, em Estocolmo, o diplomata foi responsável por manter vivas centenas de vítimas de regimes como o nazismo, na Alemanha, e a ditadura de Pinochet, no Chile.
De iniciativa do Executivo, a lei que denomina a praça foi assinada no Salão Nobre do Paço Municipal, em uma cerimônia que contou com relatos emocionantes de sobreviventes agradecidos por terem sido ajudados por Edelstam.
O prefeito José Fortunati falou sobre o interesse que teve ao ter as primeiras informações sobre a vida do homenageado. Sem considerar ideologias ou nacionalidades, disse ele, Edelstam não exitou em preservar vidas de cidadãos torturados pelos regimes totalitários e que estavam prestes a serem executados.
“Cada episódio comprova que ele não era apenas um embaixador. Era um anjo na terra”, avaliou. Fortunati falou do orgulho de a Capital homenagear alguém que sempre lutou, tanto pelo Estado Democrático de Direito como pela preservação da vida.
Entre os sobreviventes, está o aposentado Dirceu Luiz Messias. Natural de Porto Alegre, autoexilou-se na Suécia e no Chile. “Nunca tive a oportunidade de agradecer, publicamente, ao governo Sueco por ter me recebido e por ter tido a possibilidade de não ser fuzilado. Sou muito grato ao governo, a Edelstam e a Porto Alegre, que dá mais um passo no respeito a povos do mundo inteiro.”
Os relatos de ações de Edelstam também foram feitos pelo presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, Jair Krischke, da Associação dos Ex-presos e Perseguidos Políticos do RS, capitão Reginaldo Ives da Rosa Barbosa, e do dirigente da Regional Latino-americana da União Internacional de Trabalhadores da Alimentação (UITA), Enildo Iglesias.
Entre eles, o de quando o diplomata atirou-se por cima de maca hospitalar, em que era conduzida uma pessoa ao fuzilamento, declarando aquele espaço um território sueco.
Em outro episódio, Edelstam arrancou a bandeira da embaixada de Cuba no Chile, substituindo por uma sueca e declarando território neutro. A atitude determinou o recuo dos militares que já apontavam as armas para uma execução.
O evento, que teve início com a apresentação de um documentário sobre o diplomata realizado por alunos do curso de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RS), contou com as presenças do representante do Consulado-Geral da Suécia em São Paulo, o Oficial de Chancelaria, Peter Johansson, da cônsul-geral do Uruguai em Porto Alegre, Karla Beszidnyak, e dos secretários municipais do Meio Ambiente, Leo Bulling, e de Direitos Humanos, Wilson Pastorini, além de moradores da Vila Juliano Moreira, onde está localizada a praça.
O prefeito José Fortunati falou sobre o interesse que teve ao ter as primeiras informações sobre a vida do homenageado. Sem considerar ideologias ou nacionalidades, disse ele, Edelstam não exitou em preservar vidas de cidadãos torturados pelos regimes totalitários e que estavam prestes a serem executados.
“Cada episódio comprova que ele não era apenas um embaixador. Era um anjo na terra”, avaliou. Fortunati falou do orgulho de a Capital homenagear alguém que sempre lutou, tanto pelo Estado Democrático de Direito como pela preservação da vida.
Entre os sobreviventes, está o aposentado Dirceu Luiz Messias. Natural de Porto Alegre, autoexilou-se na Suécia e no Chile. “Nunca tive a oportunidade de agradecer, publicamente, ao governo Sueco por ter me recebido e por ter tido a possibilidade de não ser fuzilado. Sou muito grato ao governo, a Edelstam e a Porto Alegre, que dá mais um passo no respeito a povos do mundo inteiro.”
Os relatos de ações de Edelstam também foram feitos pelo presidente do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, Jair Krischke, da Associação dos Ex-presos e Perseguidos Políticos do RS, capitão Reginaldo Ives da Rosa Barbosa, e do dirigente da Regional Latino-americana da União Internacional de Trabalhadores da Alimentação (UITA), Enildo Iglesias.
Entre eles, o de quando o diplomata atirou-se por cima de maca hospitalar, em que era conduzida uma pessoa ao fuzilamento, declarando aquele espaço um território sueco.
Em outro episódio, Edelstam arrancou a bandeira da embaixada de Cuba no Chile, substituindo por uma sueca e declarando território neutro. A atitude determinou o recuo dos militares que já apontavam as armas para uma execução.
O evento, que teve início com a apresentação de um documentário sobre o diplomata realizado por alunos do curso de Jornalismo da Pontifícia Universidade Católica (PUC-RS), contou com as presenças do representante do Consulado-Geral da Suécia em São Paulo, o Oficial de Chancelaria, Peter Johansson, da cônsul-geral do Uruguai em Porto Alegre, Karla Beszidnyak, e dos secretários municipais do Meio Ambiente, Leo Bulling, e de Direitos Humanos, Wilson Pastorini, além de moradores da Vila Juliano Moreira, onde está localizada a praça.
Sobre Harald Edelstam
O diplomata Gustav Harald Edelstam é reconhecido pelo trabalho na defesa dos direitos humanos. Atuou durante a Segunda Guerra Mundial na Noruega ocupada pelos nazistas, trabalhando pelo salvamento de vidas de centenas de judeus e membros da resistência norueguesa.
Também foi nomeado embaixador da Suécia em Santiago do Chile em 1972 e dedicou-se a proteger refugiados da perseguição durante o golpe militar liderado por Augusto Pinochet em 1973, salvando vidas de chilenos, brasileiros e uruguaios.
Ele foi expulxo daquele país e declarado persona non grata pelo regime ditatorial.
Sobre a praça
A praça faz parte da regularização fundiária do Loteamento Juliano Moreira. Tem uma área de 718,83m² em que o Estado fez um investimento em infraestrutura, como passeio público de concreto no entorno, rampas de acesso, além da previsão de equipamentos como bancos, brinquedos infantis e lixeiras.
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