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Usina Iracema segue intransigente e negociação emperra

Após nova insistência em não conceder reajuste salarial aos seus empregados este ano, continuam emperradas as negociações entre a Usina Iracema (Grupo São Martinho), de Iracemápolis-SP, e o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Limeira e Região (Stial). É o resultado de uma reunião por videoconferência, ocorrida nesta terça-feira (23).
Foto: Stial (Arquivo)

Reajuste de 0% é inadmissível. Um absurdo que a Usina não reconheça o esforço dos seus trabalhadores, ainda mais nesta pandemia de Coronavírus. São eles que, diariamente, colocam em risco as suas vidas e as de suas famílias, para manter a empresa funcionando”, apontou o presidente do sindicato, Artur Bueno Júnior.

Citando a inflação, o dirigente lembrou que a ausência de reajuste representa perda salarial aos trabalhadores. A variação de preços acumulada no período, medida pelo IPCA, ficou em 2,4% em abril (a data-base da categoria ocorre em maio).

Ainda durante a videoconferência, a Usina voltou a oferecer aumento de 3% no cartão-alimentação, que passaria de R$ 320,00 para R$ 329,60. “É muito pouco, para compensar a perda salarial. Ainda mais nas atuais condições do país”, continuou Artur Bueno Júnior.

São cerca de 2 mil trabalhadores na Usina Iracema. As negociações seguem, e você acompanha os resultados pelo site do sindicato, pelo nosso Facebook ou pelo programa A Hora do Trabalhador (Rádio Educadora de Limeira, de terça a sexta às 17h, e aos sábados às 10h).

Covid-19

Outro tema foco de negociação entre sindicato e Usina, é a criação de um comitê, formado por representantes da empresa e dos trabalhadores, para monitorar a situação relativa à pandemia do Coronavírus. Na empresa, já foram confirmadas 17 contaminações entre os trabalhadores.

“O fato torna ainda mais importante a criação deste grupo, para avaliação e implantação de medidas de combate à Covid-19. Só com a participação dos trabalhadores na fiscalização dos processos, haverá segurança”, comentou o sindicalista.

A entidade questiona a política de afastamento da Iracema, com relação aos trabalhadores e trabalhadoras pertencentes ao grupo de risco. Também requer a realização de testes nos empregados, o mais urgente possível, e estuda buscar Ministério Público do Trabalho o (MPT).