De 16 a 18 de outubro, realizou-se em Roma, Itália, a reunião do comitê coordenador do Mecanismo da Sociedade Civil e dos Povos Indígenas (MSCPI) para as relações com o Comitê de Segurança Alimentar Mundial (CSA) das Nações Unidas.

Trata-se, sem dúvida, de um dos espaços mais importantes em nível internacional para as organizações da sociedade civil que trabalham na erradicação da insegurança alimentar e da malnutrição.

Durante a atividade, foram compartilhadas informações e análises sobre soberania e segurança alimentar no mundo, bem como as diversas lutas que estão sendo travadas em defesa dos direitos humanos.

Além disso, os participantes analisaram os desafios mais urgentes no processo de facilitação e as possíveis soluções.

Também foi trabalhado na preparação do Fórum do MSCPI, onde os integrantes do comitê coordenador terão que facilitar o debate e informar sobre o trabalho desenvolvido.

Todas as organizações que integram esse espaço internacional pertencem a setores que estão estritamente vinculados à temática alimentar, entre outros, agricultores familiares, pastores, pescadores artesanais, trabalhadores do setor agrícola e alimentar e sem-terra.

Atenção especial é dada às mulheres, jovens e consumidores.

Nesse contexto, Adela Torres, secretária-geral do Sintrainagro e vice-presidenta da Rel UITA, coordenou o Grupo de Trabalho de Governança Alimentar Mundial.

Entre outros temas centrais para o setor, o grupo abordou as novas políticas agrárias, a posse de terras, o uso de agrotóxicos e o papel tanto dos governos quanto da sociedade civil.

“Foi uma experiência muito interessante que nos permitiu avançar na busca por mecanismos para combater a insegurança alimentar, a malnutrição e a fome no mundo, assegurando, ao mesmo tempo, o direito dos povos à soberania alimentar”, disse Adela Torres à Rel.

A vice-presidenta da Rel UITA afirmou ter ficado muito satisfeita ao constatar o nível avançado de análise, abordagem dos problemas e propostas concretas de soluções.

“Havia representantes de organizações de diferentes partes do mundo, todos muito conscientes dos temas, fazendo exigências dos processos e avançando em propostas”, explicou Torres.

Ela também disse que foi elaborado um documento “que reúne todas as propostas do Mecanismo para o CSA, para que, posteriormente, seja apresentado aos respectivos governos”.

Uma das estratégias definidas foi a de organizar eventos sobre boas práticas agrícolas, dando-lhes maior visibilidade.