O presidente reeleito, Gilvan Jose Antunes, destacou que a maior conquista do processo foi a união dos trabalhadores e trabalhadoras, já que todas as regiões do Estado decidiram pela construção de uma chapa de consenso para conduzir os trabalhos da entidade nos próximos quatro anos.
“O momento grave por que passa o pais exige que os trabalhadores e trabalhadoras se organizem e se unam torno do que mais nos importa que é a manutenção dos nossos direitos.
A melhor forma de enfrentar este momento é dar as mãos e conscientizar os nossos trabalhadores que se não estivermos unidos não seremos capazes de enfrentar o atual governo e os constantes ataques aos nossos direitos”, disse Gilvan.
A secretária de Finanças, Cristiana Maria de Andrade, reafirmou o difícil momento porque passa o Brasil desde que o atual governo tomou posse, quando passou a ser vendido ao pais a ideia de que a revogação das normas de proteção aos trabalhadores e trabalhadoras representaria a geração de empregos.
“O presidente se elegeu defendendo que seria muito difícil ser empresário no Brasil. Ele diz que para gerar emprego e combater a crise é preciso acabar com os direitos dos trabalhadores.
Nós não aceitaremos isso! Um presidente não pode defender que a forma de gerar emprego é voltar aos tempos da escravidão”.
Outro aspecto destacado pela secretária de finanças foi a situação das assalariadas rurais.
Atualmente dos 4 milhões de assalariados apenas 11% são de mulheres mesmo nos estados com experiências positivas, como a Convenção Coletiva de Cana-de-açúcar de Pernambuco que estabelece uma quota de contratação de no mínimo 20% de mulheres em cada Usina.
“Em toda a zona da mata norte eu sou a única mulher com carteira assinada desde 2011 e eu tenho a certeza que eu só não fui demitida até hoje porque sou dirigente sindical e tenho estabilidade.
Precisamos nos esforçar para que as outras cadeias produtivas do estado contratem mais assalariadas como ocorre na fruticultura do Vale do São Francisco, onde as mulheres são maioria”
A nova direção foi empossada pelo vice-presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores Assalariados e Assalariadas Rurais, Raimundo Junior.
Durante a posse o dirigente reafirmou a necessidade de refletirmos sobre como o país conseguiu chegar no patamar que se encontra hoje, conclamando os dirigentes a refletir sobre este momento e buscar instrumentos para reorganizar a base para voltar a ocupar os espaços de poder do estado Brasileiro.
Outro tema bastante abordado durante a posse foi a necessidade de encontrarmos ferramentas de dialogar com o mercado para denunciar a forma como o assalariado rural é tratado no Brasil.
“Não é possível que as pessoas que comem chocolate, bebem café e tomam suco de laranja não saibam que os trabalhadores vivem na miséria”, destacou Junior.
Presente na posse, a UITA reafirmou o seu compromisso com a defesa do direito dos trabalhadores e chamou a atenção de todos que a união dos trabalhadores precisa ultrapassar as barreiras do país.
“A UITA sempre denunciou ao mundo a situação dos assalariados e assalariadas rurais e o continuaremos a fazer. Precisamos aprimorar o diálogo com os nossos companheiros do exterior para construir ferramentas para cobrar dos consumidores e dos supermercados o respeito aos nossos direitos”.
Durante o 1º Congresso da Federação dos Trabalhadores Assalariados e Assalariadas Rurais de Pernambuco foi aprovada a filiação formal à UITA.
“A UITA é fundamental para o momento sindical brasileiro. Sempre esteve presente nas negociações coletivas do Brasil denunciando ao mundo as piores formas de trabalho.
Há diversas empresas que vendem ao mundo seus produtos como se não houvessem problemas no país, e é por isso que precisamos construir ferramentas de denunciar tudo o que a acontece aqui”, afirma Gilvan.