A exaltação neofascista típicas dos tempos atuais está contribuindo para exacerbar formas contemporâneas de racismo e xenofobia. Essa aversão aos estrangeiros e aos mais necessitados se opõe às atitudes e às práticas de solidariedade empreendidas pelo nosso filiado, o SindeBeleza.

“Procuramos o CAMI para oferecer um espaço de capacitação e, então, reunimos um grupo de mulheres provenientes de vários países como a Bolívia, Camarões, Nigéria, Senegal e Costa do Marfim”, explicou Maria dos Anjos Hellmeister, carinhosamente chamada de “Mariazinha” e presidenta do SindiBeleza.

O curso, iniciado em 18 de outubro, é para auxiliar de cabeleireiro e faz parte do projeto de capacitação permanente do Sindicato.

Tem duração de 12 aulas, entre teoria e prática, visando a ser uma ferramenta de colocação profissional para estas trabalhadoras.

Mariazinha informou estarem negociando com o Sindicato Patronal um espaço de colocação no mercado de trabalho para as alunas que estiverem prontas para ocupar uma vaga em algum salão de beleza ou de estética, de acordo com o interesse e desempenho de cada uma.

«São mulheres, algumas com formação profissional em seu país de origem, mas em outras área, e que agora buscam uma nova oportunidade no Brasil», disse.

“Há um grande interesse por parte das inscritas, sendo para nós muito gratificante materializar o trabalho social existente em nosso sindicato, pois não só entendemos ser fundamental, como todas as organizações de trabalhadores deveriam oferecê-lo”.

O SindeBeleza pretende concluir este ciclo de capacitação antes do final do ano e já organizou novos cursos com várias vagas que serão abertas no ano vem.