Brasil | SINDICATOS | CONFERENCIA

XVI Conferência Regional Latino-Americana da UITA
Com Rosecleia Castro

“Uma conferência emblemática”

Reconfirmada na vice-presidência do Comitê Executivo da Rel UITA, Rosecleia Castro garante que a XVI Conferência Regional foi diferente: "Em primeiro lugar, a abertura foi realizada por uma mulher e o trabalho do Comitê Latino-Americano de Mulheres da UITA (Clamu) trouxe um brilho especial ao encontro.

Amalia Antúnez

25 | 05 | 2023


Rosecleia Castro | Foto: Giorgio Trucchi

O lema da conferencia, 'ombro a ombro', passou da teoria para a prática. Conseguimos igualdade, homens e mulheres da UITA trabalhando juntos, de fato. E isso ficou evidente na composição do nosso Executivo. Acredito que essa instância foi um marco na luta sindical da região", destacou.

Rose, que também é dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Alimentação de Campinas (SITAC) afirma que a tarefa da Regional será difícil daqui para frente, mas que todos saíram mais fortes desta Conferência.

"Após a pandemia, as condições de trabalho para os sindicatos se tornaram mais complicadas, porque naturalmente tivemos que fazer distanciamento entre todos. Isso ficou bem evidente neste reencontro entre todos os companheiros e companheiras, aqui em São Paulo", analisou.

"Tínhamos muita vontade de discutir e trocar ideias cara a cara, olhos nos olhos, com nossos irmãos e irmãs de classe, e aí a Conferência começou com uma carga emocional intensa", disse Rose.

"Os espaços criados para a comunidade LGBTI foram inéditos no ambiente sindical da região. Antes, discutia-se sobre diversidade de gênero. Agora, isto já é pauta dentro dos sindicatos.

Nossa companheira Gisele (Adão), brasileira, latino-americana, e vice-presidenta do Comitê Mundial de Trabalhadores LGBTI da UITA, mostra o quão longe chegamos. Quando Gisele fala, todos prestam atenção e sabem que estão diante de uma dirigente singular, guerreira e determinada", enfatizou.

Para Rosecleia, a Regional também tomou a sua posição política e social com uma série de resoluções aprovadas.
Neste aspecto, há um diferencial, disse ela.

"As resoluções agora aprovadas sobre a situação de companheiros e de companheiras que enfrentam as grandes corporações transnacionais, nos diferentes países da América Latina, estabelecerão as bases para o nosso trabalho nos próximos anos", concluiu.