Célio Elias | Foto: Gerardo Iglesias“O sindicato começou a ser formado em 1988, quando cerca de 150 trabalhadores do então Frigorífico Sul Catarinense (Frisulca), atual Seara JBS, se reuniram em Assembleia e fundaram a Associação dos Trabalhadores na Indústria da Alimentação de Criciúma e Região”, lembrou Célio.
«Com a Assembleia Constituinte de 1988 no Brasil, nos tornamos um sindicato em 19 de agosto de 1989.»
Entre as conquistas de destaque do SINTIACR, o dirigente cita o trabalho realizado em conjunto com a CONTAC e a UITA para a aprovação de uma norma regulamentadora da atividade na indústria frigorífica.
“Fomos o primeiro sindicato a estudar e reportar o ritmo intenso nas linhas de produção dos frigoríficos avícolas e formamos parte da elaboração da NR36, norma regulamentadora da saúde e da segurança na indústria de abate e processamento de carnes que para ser aprovada precisou de uma longa e intensa luta das organizações sindicais do setor”, destaca.
De mãos dadas com a Rel UITA, Célio avalia que o SINTIACR teve projeção regional e internacional e que graças a isso obteve conquistas que não se limitaram à questão salarial, especialmente em empresas transnacionais que atuam em Santa Catarina.
“O SINTIACR busca ir além da luta por melhores salários. É um sindicato comprometido com sua comunidade e busca estar com seu povo. Portanto, lidamos com questões como trabalho migrante, diversidade de gênero, feminicídios e violência doméstica”, indica.
“Temos uma jovem dirigente como vice-presidenta do Comitê Mundial LGBTI da UITA, Gisele Adão, que faz um trabalho constante com a Regional e com as bases sindicais porque, além de ser dirigente, é trabalhadora de um frigorífico, sendo um orgulho para nós que ela nos represente”.
O SINTIACR tem mais de 4.000 filiados e filiadas, e representa cerca de 7.000 trabalhadores.
“Consideramos o sindicalismo um movimento social que deve ver o trabalhador/a como um ser humano integral. Por isso, não basta melhorarmos os salários, que por sinal são os melhores do setor na região.
Para nós é fundamental nos envolvermos com a realidade de nossos filiados e de seus familiares”, insistiu Célio.