O encontro foi na quinta (26), e entre as entidades estava o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Limeira e Região (Stial), que representa os empregados da Nestlé de Cordeirópolis-SP.

Além de não apresentar qualquer proposta de reajuste salarial, aumento do piso ou no valor da Ajuda-Alimentação (Cartão), a empresa anunciou que quer ajustar alguns benefícios como a bonificação para compra de medicamentos, a entrega de material escolar, a assistência odontológica, a ajuda para compra de óculos e lentes de contato, e o auxílio vacina não disponível no serviço público.

“É um alerta que sempre fazemos. Sabemos muito bem o significado destes “ajustes” – se não tiver resistência, a empresa vai tentar reduzir os benefícios do Acordo Coletivo. Isto já ocorreu recentemente”, comentou o presidente do Sindicato, Artur Bueno Júnior.

A atitude intransigente da Nestlé causou revolta entre os sindicalistas, que preparam protestos nas unidades da Nestlé no Estado. No dia 13 de novembro, ocorre uma segunda reunião com a empresa, e Artur Bueno Júnior acredita que um duro recado será dado à multinacional suíça.

“A categoria recusará qualquer redução de benefícios, e seguirá insistindo na pauta dos trabalhadores, que entre outras questões pede o aumento real nos salários, valorização do piso e melhoria das cláusulas sociais”, afirmou.

Os trabalhadores também reivindicam aumento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e do Auxílio-Alimentação, bem como melhores condições do Plano Médico.

As negociações ocorrem de forma unificada, com a participação dos Sindicatos da Alimentação de Limeira, Araras, São Paulo, Araçatuba, Marilia, Ribeirão Preto, Caçapava e São José do Rio Pardo – unidades de produção, distribuição e escritórios.

“A Nestlé registrou aumento de 2,9% nos lucros mundiais de operação, no primeiro semestre deste ano. Não tem por que falar em reduzir ou flexibilizar benefícios”, finalizou o presidente do Stial.