O resgate ocorreu na cidade de Flores da Cunha, no Rio Grande do Sul, em uma operação realizada pela Inspeção do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego em coordenação com outros órgãos governamentais.

Todos os trabalhadores eram homens entre 19 e 29 anos e estavam amontoados em uma casa de madeira em condições extremamente precárias. Oito deles eram argentinos.

O produtor rural que os empregava —que também atuava como intermediário para fornecer mão de obra a outras propriedades rurais— havia prometido remunerações muito superiores às que de fato pagou. Quando pagava, pois já faziam duas semanas que não lhes repassava nenhum pagamento.

Além disso, os trabalhadores só recebiam alimentação quando estavam trabalhando, o que não ocorria todos os dias, e cumpriam jornadas superiores a 12 horas.

O empregador terá que pagar os valores devidos, além de multas, e os trabalhadores receberão assistência econômica e trabalhista do Estado e do município de Flores da Cunha.

No dia 28 de janeiro, já havia ocorrido um resgate semelhante em outra propriedade dedicada à produção de uvas no mesmo estado, na cidade de São Marcos. Lá, quatro argentinos foram libertados exatamente na data em que se comemorava o Dia Nacional de Luta contra o Trabalho Escravo.