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Trabalhadores superam resistência da Nestlé e ampliam benefícios

Mobilizados e unidos aos sindicatos, os empregados da Nestlé do Estado de São Paulo reverteram a péssima proposta inicial da empresa, na negociação coletiva deste ano, e obtiveram conquistas.

“O mais importante é que estas conquistas estão garantidas pelo período de um ano, e não podem ser alteradas por nenhuma legislação”, apontou o presidente do Stial (Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Limeira e Região), Artur Bueno Júnior.

A Convenção determinou a manutenção do pagamento de até 90% do custo de medicamentos, utilizados pelos trabalhadores e trabalhadoras.

A Nestlé queria reduzir este benefício pela metade. Daí a importância da mobilização”, apontou o vice-presidente do Stial, Joselito Inácio.

O sindicato coordenou a negociação na unidade de Cordeirópolis, sendo que a nível estadual a Convenção Coletiva teve organização da Fetiasp (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de São Paulo).

Outro aspecto importante na negociação aprovada nesta quarta-feira (8), durante assembleias realizadas nas unidades da empresa pelo Estado, foi o aumento salarial de 2,2%, um índice que deverá representar ganhos face à inflação do período – a proposta da Nestlé era de 0% de reajuste.

A PLR (Participação nos Lucros e Resultados), mais um item que a Nestlé prometia reduzir, teve aumento para R$ 5.800,00 este ano (era de R$ 5.430,00), adicionado a 100% do salário corrigido.

O valor será pago em novembro. O piso salarial foi a R$ 1.627,00, e a Ajuda Alimentação ampliada a R$ 660,00.

“Não importa Reforma Trabalhista, empresa intransigente ou governo aliado ao patronal. Quando os companheiros estão unidos, eles conquistam o que merecem”, finalizou Artur Bueno Júnior.