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Trabalhadores do setor de suco de SP podem entrar em greve dia 17

Trabalhadores das empresas de suco de todo o Estado de São Paulo podem entrar em greve a partir do próximo dia 17, se não avançarem as negociações salariais deste ano.

Fetiasp

13 | 07 | 2023


Foto: STIAL (arquivo)

Durante a 4ª reunião com os representantes dos empresários realizada nesta segunda (10), a categoria rejeitou proposta patronal de reajuste de 4% - eles reivindicam 6%.

As negociações são conduzidas pela Fetiasp (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação No Estado de São Paulo).

“Tempos de inflação oficial baixa são perfeitos para que os trabalhadores obtenham o reconhecimento que merecem. O setor de sucos paulista é líder mundial em produção e faturamento, reunindo todas as condições para atender ao pleito”, afirmou o presidente da entidade, Antonio Vitor.

Ele destaca informações da Secretaria de Comércio Exterior (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), compiladas pela CitrusBR (Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos), sobre o faturamento das empresas este ano.

Segundo o órgão, a receita das exportações de suco de laranja concentrado e congelado do Brasil (FCOJ, na sigla em inglês) cresceu 16% na safra 2022/23, que terminou em 30 de junho, indo a US$ 2,04 bilhões.

Estão em São Paulo as bases das três gigantes do suco brasileiro e mundial – Cutrale, Louis Dreyfus e Citrosuco – além de multinacionais como a Dohler e outros grupos de peso.

As empresas são representadas pelo Sicongel (Sindicato das Indústrias de Alimentos Congelados, Supercongelados, Sorvetes, Concentrados e Liofilizados no Estado de São Paulo).

A Fetiasp reclama que a intransigência do setor ocorre com frequência nas negociações.

Reivindicações

As negociações deste ano estão atrasadas, sendo que a data-base é maio. Além do reajuste de 6%, a Fetiasp quer um piso salarial de R$ 1.848,00, contra R$ 1.744,34 oferecidos pelos empresários.

A Cesta Básica é outro item alvo de disputa – os representantes dos trabalhadores reivindicam aumento de 20%, maior que os 8% oferecidos durante as negociações.

“Estamos mobilizando as bases, em cada município onde as empresas possuem unidades. Se até o dia 17 não houver novidade, assembleias serão realizadas para decidir sobre a paralisação”, afirmou Antonio Vitor.